Mais do que as publicações, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) viu o número de citações crescer vertiginosamente em dez anos. De acordo com os dados da Web of Science, base de dados utilizada por pesquisadores de todo o mundo, em 1996, foram 258 referências a trabalhos produzidos por pesquisadores da UFPR. Em 2006, foram contabilizadas 3.727 – um número 14 vezes maior.

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De acordo com o coordenador de Pesquisa da UFPR, Ney Pereira Mattoso Filho, este é um indicador importante. "Ele mostra que não aumentamos apenas na quantidade, mas também na qualidade. A quantidade de citações serve para aferir o quanto um artigo é interessante. O aumento desse número mostra elevação no prestígio da UFPR", explica.

Entre os campeões de referências estão o professor doutor na área de Biotecnologia, David Mitchel (137); o doutor na área de Engenharia Química, Carlos Ricardo Soccol (136); e a professora pós-doutora na área de Química, mais precisamente em polímeros eletro luminescentes, Leni Akcelrud (134).

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A UFPR, entretanto, toma cuidado para não criar um ranking. "Todos os pesquisadores são importantes para a instituição e esses números são flutuantes", explica a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação, Maria Benigna.

Mesmo com a ressalva, este tipo de levantamento é uma vitória para os pesquisadores que estão entre os mais lembrados da instituição. "Eu nunca tinha pensado sobre isso, mas fiquei contente. Tem um lado bom que mostra o reconhecimento", afirma Mitchel, que comanda um grupo de pesquisa sobre fermentação em estado sólido.

Para Leni, embora o reconhecimento seja importante, não é tudo. "É gratificante, mas o melhor de tudo é fazer a pesquisa e ver os alunos aprenderem a usar o seu potencial", diz.

Segundo ela, elogios internacionais ou convites para trabalhar fora perdem em importância em relação ao aprendizado dos alunos. (TC)

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