A advogada Márcia Caldas Vellozo Machado, presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Paraná, disse ontem que o estudo sobre homicídios contra crianças e adolescentes não retrata a realidade atual de Curitiba. "A OAB tem um levantamento feito entre os anos de 2005 e parte de 2006. Encontramos 90 ações penais envolvendo crianças e adolescentes como vítima, mas nenhuma de homicídio. Por isso, a tendência é de queda em Curitiba e não de crescimento, e de surgir denúncias no estado onde está sendo criada uma rede estadual de proteção, nos mesmos moldes da rede existente em Curitiba", disse.
A promotora de Justiça Marília Vieira Frederico, da Associação de Magistrados e Promotores de Justiça que atuam nas áreas de infância, juventude e família do Paraná, afirmou que não é possível separar o crescimento da violência no país dos efeitos da exclusão social. "Houve um aumento de homicídios no Brasil, em razão da desigualdade social que gera violência. A solução é cada setor buscar a igualdade social", afirmou.
Para o sociólogo Pedro Bodê, coordenador do Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a pesquisa aponta falha nas políticas públicas destinadas a crianças e adolescentes. "Não é possível justificar a situação dos jovens, dizendo que eles saem mais, ou estão mais expostos a crimes, ao tráfico de drogas e outros delitos. Cabe ao estado e à sociedade à solução, porque senão vão continuar matando o nosso futuro", disse. (JNB)
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