São Paulo O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin é, a partir de agora, o candidato oficial do PSDB à Presidência da República. Seu nome foi aprovado por unanimidade na convenção nacional do partido, realizada ontem, em Belo Horizonte
Durante o evento, caciques tucanos aproveitaram para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, numa demonstração de que Alckmin será o candidato anti-Lula.
O ex-governador atacou o presidente indiretamente. "Onde está o chefe, o líder dos 40 ladrões?", perguntou, sem citar o nome de Lula.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que Lula causou a maior "desilusão" que já teve. "Ele (Lula) lutou contra a ditadura. No entanto, ao chegar à Presidência, incorreu em vários itens da lei de responsabilidade, ao deixar as teias da corrupção atuarem ao lado de sua sala no Planalto. Jamais tive desilusão maior", disse. (Leia mais sobre as críticas de FH na página 14)
O líder do partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o país não terá estabilidade caso Lula seja reeleito. "Não teremos estabilidade no próximo quadriênio caso esse homem seja reeleito", disse.
Desorganização
Para o líder tucano na Câmara, deputado Jutahy Junior (BA), o governo Lula desorganizou as conquistas do governo FH. "Lula desorganizou o excelente trabalho que Fernando Henrique fez em oito anos de governo."
O pré-candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, também esteve presente na convenção. "Vamos sempre basear nossos governos no projeto desenvolvimentista de Juscelino Kubischek, no compromisso e na persistência de Tancredo Neves na luta pelas Diretas Já, na firmeza de Mário Covas e na capacidade de Fernando Henrique de reorganizar a economia", afirmou.
Em seu discurso de uma hora e quinze minutos, além das críticas a Lula, Alckmin falou também de sonho e de suas metas para a Presidência. "Não temos medo de sonhar um país mais condizente com nossos valores. Mas entendemos que sonhar apenas não basta, é preciso dar os passos concretos para aproximar a realidade do sonho."
O crescimento econômico, a redução dos impostos, o aumento dos investimentos e a redução das desigualdades sociais estão entre os principais pontos da proposta do tucano.
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