São Pedro ainda não colaborou com os curitibanos. O tempo nublado e chuvoso das três últimas noites não permitiu que o cometa McNaught fosse observado da capital paranaense. O astro com o brilho mais intenso dos últimos 40 anos vem sendo visto de territórios do Hemisfério Sul desde segunda-feira. O astrônomo Germano Bruno Afonso acredita que, a partir de hoje até o final do mês, o cometa não poderá mais ser visto a olho nu. "A cada dia, ele vai ficando mais alto e menos brilhante. Talvez amanhã (hoje) ainda possa ser visto sem equipamentos", afirma o também professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Segundo o astrônomo, essa pode ser a primeira e última aparição do McNaught. "A órbita dele em torno do Sol é hiperbólica, muito aberta. Ele vem de muito longe e vai para muito longe e não volta mais", explica. Os cometas vão perdendo a luminosidade e acabam desaparecendo conforme "passeiam" pelo espaço.
O McNaught foi descoberto recentemente, há cerca de cinco meses, pelo astrônomo australiano Robert McNaught. Com uma largura de 10 quilômetros, o cometa está a cerca de 120 milhões de quilômetros de distância da Terra e viaja a cerca de 100 quilômetros por segundo. "Se ele tivesse sido descoberto com mais antecedência, poderiam ter enviado uma sonda para coletar algum material dele", comenta o professor.
Afonso explica que o McNaught pode ser observado de qualquer ponto de Curitiba. O cometa pode ser visto um pouco acima e à esquerda do pôr-do-sol, que acontece cerca de 20h15. "É possível ver com pequenos binóculos e telescópios. Só não pode ter nuvem", ressalta. Ele alerta para que o cometa não seja observado durante o dia, pois as pessoas correm o risco de queimar a retina caso olhem para o Sol. Por enquanto, o cometa é visto durante um período de 30 minutos. No final do mês, o McNaught ficará visível cerca de uma hora, inclusive após o anoitecer.
Quem tiver interesse em observar o cometa, até o final do mês, a partir das 20 horas, poderá acompanhar uma equipe do professor, que verá o McNaught com o auxílio de um telescópio. O grupo se reúne no coreto do salão de eventos do Parque Barigüi. "Depois ainda vamos mostrar as constelações e os planetas", adianta. "Mas só se o tempo não estiver encoberto por nuvens", lembra o professor. Nesta quarta-feira, o assessor administrativo Paulo Stachera perdeu a viagem. "Faz parte dos programas curitibanos serem atrapalhados pela chuva. Vou retornar outro dia", brinca.
Sidônio e Lula preparam disputa pelo nacionalismo com a direita em 2026
Lula tenta maquiar crise gastando R$ 3,5 bilhões em propaganda estatal; acompanhe o Sem Rodeios
Ex-prefeito de Curitiba processa vereador que denunciou gastos com peças eróticas
Sem visto americano? Um guia de viagem para Alexandre de Moraes no Maranhão
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora