A morte
O coronel Ubiratan Guimarães, 63 anos, comandante das tropas no "massacre do Carandiru", que deixou 111 presos mortos, foi encontrado morto na noite de domingo, em seu apartamento, com um tiro no abdômen.
A suspeita
A namorada do coronel, a advogada Carla Ceppollina, confessou ter discutido com o coronel na noite de sábado, após ele ter recebido um telefonema de outra mulher.
Depoimento
Carla prestou depoimento durante mais de 13 horas ao delegado Marco Antônio Desgualdo, do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa durante mais de 13 horas.
Ela negou ter assassinado o coronel.
Investigação
O delegado pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico do coronel, da advogada e de outras pessoas ligadas a ele.
A polícia solicitou a Carla que fosse entregue as roupas usadas por ela no dia do crime.
A calça foi lavada antes de ser entregue a polícia. Também foram entregues à polícia uma blusa, uma jaqueta, sapatos e a bolsa da advogada.
Peritos do Instituto de Criminalística informaram que a lavagem da roupa não irá atrapalhar o exame metalográfico (que busca vestígios de chumbo, lítio, enxofre e antimônio, e outras substâncias).
A polícia recolheu também a toalha em que estava envolto o coronel, uma toalha com mancha de sangue achada no banheiro, copos, armas, telefones, o projétil e outros objetos.
Prova
Na quarta-feira, a suspeita de que a arma que matou Ubiratan seria da própria vítima foi reforçada, isso porque a munição teria sido fabricada especialmente para o coronel.
Das sete armas que o coronel mantinha em sua casa, uma delas, um revólver calibre 38, desapareceu após o crime.
Peritos confirmaram, após exames, que o tiro que matou o coronel foi disparado de uma arma calibre 38. O filho de Ubiratan, Fabrício, pretende indicar à polícia um projétil usado para um tiro de teste que pudesse servir na comparação.
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