O Centro de Curitiba está prestes a entrar no que especialistas chamam de um ciclo virtuoso. Isso não quer dizer que os problemas acabaram. A região continua com pontos inseguros e carente de projetos de revitalização. Mas depois de anos perdendo moradores e com escassez de lançamentos imobiliários, vai ganhar a partir deste ano pelo menos 435 novas unidades habitacionais, em dois condomínios moradia suficiente para abrigar pelo menos 800 novos moradores. Por ciclo virtuoso entenda-se uma situação em que um bom projeto puxa outro e assim toda a região sai ganhando.
Em números absolutos pode não ser muita gente, mas atrair novos moradores para a região é fundamental para a revitalização da área processo que vem sendo desenvolvido desde 2004. "A vinda de novos moradores vai atrair ainda mais investimento em infra-estrutura, o que vai trazer mais moradores e, assim, sucessivamente", diz o vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Secovi-PR (sindicato de imobiliárias e construtoras), José Paulo Celles.
Os cerca de 3,29 quilômetros quadrados do Centro, uma área limitada pelas ruas Desembargador Motta e Saldanha Marinho e pela Avenida Sete de Setembro e Alameda Augusto Stelfeld, não viam um investimento de vulto no setor habitacional há cerca de dez anos. Entre 1996 e 2000 (ano em que foi realizado o último Censo), as estatísticas sinalizavam um verdadeiro esvaziamento da região os índices mostravam que a população diminuía num ritmo de 2,33% ao ano, enquanto a média geral de Curitiba aumentava 1,83%. Não há estatísticas confiáveis depois disso.
Recuperação
Movimentadíssima ao longo do dia, a região caminhava para se tornar uma espécie de "vila fantasma" à noite. Programas como o Marco Zero, da prefeitura, e o Centro Vivo, da Associação Comercial do Paraná (ACP), entretanto, deram estofo para o processo de revitalização. Essas iniciativas deram segurança para a que novos investidores apostassem no Centro. "O mercado é atento ao anúncio de investimentos e responde rapidamente", afirma a presidente da ACP, Avani Slomp Rodrigues.
Além de um grande número de habitações, os dois edifícios em construção têm um conceito de projeto arrojado e moderno. Inseridos num ambiente marcadamente comercial, os edifícios oferecem uma infra-estrutura para ninguém sentir falta dos bairros residenciais.
Os moradores dos 182 lofts da torre residencial com elementos futuristas do New Concept, a Smart Residence, do grupo Thá, próxima à Rua 24 horas, poderão dispor, por exemplo, de piscina coberta e aquecida, sala de cinema, quadra de paddle, sala de jogos e festas com espaço para gourmet e churrasqueira.
Já os moradores dos 253 apartamentos do Central Park Residence, da Invespark Empreendimentos Imobiliários, localizado na Praça Osório, terão acesso a um espaço zen, no topo do prédio, com um mirante com vista em 360 graus para todos os cantos de Curitiba, espelhos dágua e paisagismo além de piscina, sauna, sala para massagem, academia de ginástica, espaço gourmet, forno para pizza, cyberhome, sala de reuniões, lounge, spa e churrasqueira, entre outros mimos.
"Não é uma residência popular, são apartamentos para quem quer morar no Centro da cidade com luxo e dispor de toda a infra-estrutura que o bairro oferece", explica o diretor da Invespark, Cláudio Roth.
Thá e Invespark apostaram numa demanda reprimida para este tipo de produto. Consideraram que há interessados em morar no Centro, mas que faltam opções modernas a maioria dos prédios residenciais da região é antiga. Parecem ter acertado. Cerca de 70% das unidades residenciais dos dois empreendimentos já foram vendidas, a preços que variam de R$ 89 mil e R$ 124 mil. As vendas foram abertas em setembro. "Nunca vi uma comercialização tão rápida. Superou todas as nossas expectativas", garante o gerente de vendas da Invespark, Gilberto Nascimento.
O New Conception fica pronto no fim deste ano e o Central Park Residence deve ser entregue até setembro de 2009. "Não temos outro projeto ainda, mas há a perspectiva de que no futuro voltemos a investir no Centro", diz o gerente de marketing do grupo Thá, Marcelo Carvalho. "Acreditamos no Centro da cidade e achamos que vai ficar melhor ainda", afirma Roth.
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