São Paulo (Folhapress) – Após dois meses de impasse, o PSDB escolheu ontem o governador Geraldo Alckmin (SP) como candidato do partido na disputa pela Presidência da República nas eleições de outubro. Alckmin disputava a indicação da legenda com o prefeito José Serra (SP).

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O anúncio foi feito pelo presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), na sede do partido, após uma série de reuniões com integrantes da legenda.

"Quero enaltecer o desprendimento desse magnífico homem que é José Serra, que para evitar disputa interna deu um enorme gesto de amor ao país", disse Tasso ao oficializar a candidatura do PSDB. "Nosso candidato é Geraldo Alckmin."

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O triunvirato tucano – formado por Tasso, pelo governador Aécio Neves (MG), e pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – se reuniu ontem com os governadores Lúcio Alcântara (CE), Cássio Lima (PB) e Marconi Perillo (GO) num hotel da zona sul de São Paulo.

Os encontros aconteceram um dia depois de Serra anunciar, pela primeira vez publicamente, a disposição de sair candidato à sucessão presidencial. Depois desse anúncio, ele se reuniu ontem à noite, por quatro horas, com Tasso, FH e Aécio.

Antes do anúncio oficial do partido, Serra conversou com Alckmin sobre o processo de escolha do candidato do partido. Em nome da unidade partidária e para evitar a realização de prévias, Serra desistiu de sua candidatura e abriu caminho para a oficialização do nome de Alckmin como candidato do partido.

Dependendo da análise do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da emenda constitucional que acaba com a verticalização, os adversários de Alckmin na eleição de outubro serão o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), e o candidato do PMDB a ser escolhido entre Anthony Garotinho (RJ) e Germano Rigotto (RS).

Substituto

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O substituto de Alckmin a partir de abril no governo de São Paulo será o pefelista Cláudio Lembo. O futuro governador garante que irá seguir, durante os nove meses no cargo, os caminhos do tucano – mantendo os secretários que desejarem permanecer, dando continuidade aos projetos e crédito a Alckmin pelas ações. Lembo pertenceu à Arena, partido de sustentação do governo militar e foi secretário de Jânio Quadros na prefeitura de São Paulo. O pefelista é também professor e advogado – foi reitor da Universidade Mackenzie.