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Televisão

O fim de Carminha

Boa atuação do elenco de Avenida Brasil conquistou o país. Hoje é o último capítulo

Adriana Esteves na pele de Carminha: atuação marcante | Rede Globo/ Divulgação
Adriana Esteves na pele de Carminha: atuação marcante (Foto: Rede Globo/ Divulgação)

Nem a Dilma vai arriscar. Como fará o primeiro comício do segundo turno das eleições hoje à noite, exatamente no dia do último capítulo da novela Avenida Brasil (Rede Globo), a presidente resolveu colocar um telão tamanho GG na periferia da capital baiana para que as pessoas possam acompanhar o final da trama. O estratagema é para garantir público, mas, ainda assim, sabe-se lá se vai dar quórum.

E há motivo para tanto alarde. Com uma história original, excelentes atores e personagens bem criados, a novela manteve um bom ritmo de audiência desde a estreia, que aconteceu no fim de março deste ano.

Além do núcleo sério e dramático do folhetim – movido pela vingança de Nina (Débora Falabella) contra a rival, Carminha (Adriana Esteves), que fazia toda a família Tufão de boba – as tramas paralelas à central também seguiram louváveis. Entre os bons exemplos estão Cadinho (Alexandre Borges) e suas loucas mulheres, a piriguete Suelen (Ísis Valverde), a língua e o sorriso escroto de Leleco (Marcos Caruso) e o jeito suburbano com sotaque carioca carregado de Olenka, que até fez esquecer que a atriz Fabíula Nascimento é curitibana.

Na reta final, o clima continuou quente na mansão do Divino e João Emanuel Carneiro fez questão de humanizar seus vilões. Assim como fez em A Favorita, sua última novela na emissora, o autor mostrou que ninguém é de todo mau e que, muitas vezes, as pessoas não são o que parecem ser, simplesmente. A infância cruel de Max e o fato de Carminha ter visto o pai matar a própria mãe, antes de ser jogada no lixão, comoveram muita gente, que já nem odeia mais a dupla tanto assim.

Além da história ainda estar a toda, as últimas semanas do folhetim renderam cenas sensacionais. O grito de Carminha depois de constatar que Max estava vivo ou o momento em que a "cruela cruel" foi expulsa de casa ficaram na história. Aliás, um belo tapa de luva de pelica da atriz Adriana Esteves aos que a espinafraram pela atuação em Renascer (1993), quando interpretou Mariana. Na época, a atriz ficou tão abalada com as críticas que entrou em depressão e precisou de tratamento médico para se curar. Dessa vez quem se vingou foi a Carminha – e nem foi culpa da Rita.

Sucesso

Detalhes que fizeram a diferença em Avenida Brasil:

Trejeito

A mania de "rosnar" de Carminha vai ficar na história. Toda vez que se irrita, a personagem gruda a arcada dentária, mostra os dentes e imita um grunhido quase animal.

Risada

A risadinha sarcástica de Nilo (José de Abreu) virou meme na internet. O "hi, hi, hi" foi ouvido até quando o velho asqueroso do lixão estava batendo as botas. Envenenado e delirando, Nilo ria e chorava ao mesmo tempo.

Personagem

Os óculos quase grudados na careca viraram a marca registrada de Leleco, que tinha sempre uma piada escrota seguida pela risada de língua de fora. Impossível não rir com ele.

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