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Mais do que a ausência de símbolos e cores do partido no programa eleitoral de Lula, o quem vem tirando o sono de dirigentes do PT é o plano que começa a ganhar força no Palácio do Planalto de enxugar a máquina administrativa num eventual segundo mandato.

Setores do governo discutem a diminuição das estruturas das secretarias especiais, como a de Política para as Mulheres e da Igualdade Racial, hoje com status de ministérios.

Uma das propostas é transformá-las em coordenadorias subordinadas a uma só pasta. Petistas dizem que a medida os enfraqueceria junto aos setores contemplados pelos órgãos. A grita no partido de Lula, porém, pode ser lida de outra maneira: enxugamento é sinônimo de perda de cargos.

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Contramão – Enquanto Lula se dissocia do PT, candidatos da sigla nos estados querem mais é colar no presidente. Na Bahia, quem busca vaga na Câmara é apresentado como parte do "time de Lula".

Grude – No estado onde já supera os 70% nas pesquisas, Lula está até no slogan do candidato ao governo: "Humberto + Lula. Bom para o Brasil. Melhor para Pernambuco".

Para todos – O presidente não está sendo usado só por Humberto Costa e Eduardo Campos (PSB). Líder na sucessão estadual, Mendonça Filho (PFL) levou ao ar elogios de Lula ao seu aliado Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Compulsório – Para evitar o desembarque da campanha de Geraldo Alckmin, os presidentes do PSDB e PFL vão dar ordens expressas para que os candidatos estaduais veiculem o nome do tucano na tevê.

Araras – Se o PFL já torcia o nariz para o estilo soft de Alckmin, ontem o partido se desesperou por ter sido Lula – e não o tucano – o primeiro a atacar na TV. "Só faltava essa: agora eles mostram queda-de-braço com o governo FHC. Quando vamos reagir?", dizia um dirigente indignado.

Clone – O índio Fidelis Baniwa, um dos apresentadores do programa de tevê de Lula, já ganhou um apelido em Brasília. Tem sido chamado de "Evo", por conta da semelhança com o presidente da Bolívia, Evo Morales.

Nariz para fora – Jorge Mattoso deixou de vez a quarentena iniciada com a participação no caso da violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa: o ex-presidente da Caixa assina dois artigos no site da Fundação Perseu Abramo. Num deles, defende os lucros dos bancos públicos, assunto que está na pauta da sucessão.

Ativo – José Alencar está com a corda toda na campanha de Lula, apesar dos recentes problemas de saúde. Ontem, o vice-presidente fez carreatas em cidades de Minas.

No grito – O PFL de Roseana Sarney bateu o pé e Alckmin acabou desistindo de visitar Imperatriz amanhã. A cidade é reduto do PSDB maranhense, inimigo da família da candidata ao governo.

Ato falho – Em entrevista ontem, Aloízio Mercadante, candidato do PT ao governo de São Paulo, disse que Carapicuíba não tinha hospital. A cidade da região metropolitana conta com uma unidade desde outubro de 1998.

Fora – Coriolano Sales, deputado que renunciou ao mandato para não ser cassado a reboque do escândalo dos sanguessugas, pediu ontem a desfiliação do PFL baiano.

Vão ficando – A ordem das direções de PTB, PL e PP para os deputados acusados de envolvimento no desvio de ambulâncias é não renunciar. Os partidos querem, primeiro, cumprir a cláusula de barreira. Ainda que às custas de cassações a partir de 2007.

TIROTEIO

* Do vereador Paulo Teixeira, candidato a deputado federal pelo PT, sobre o candidato do PSDB ao governo, que apontou a migração como "um problema" para o sistema educacional no estado.

– Serra está convidado para um debate na praça do Forró, em São Miguel, maior reduto dos migrantes nordestinos em São Paulo.

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