Os Correios começaram a distribuir nesta segunda-feira os 562 mil carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) de Curitiba. O imposto deste ano sofreu reajuste médio de 5%, percentual idêntico à valorização do conjunto de imóveis da capital, conforme avaliação do mercado imobiliário. A prefeitura espera arrecadar R$ 293 milhões em IPTU e taxa de coleta de lixo, cobrada no mesmo talão e cujo valor também foi corrigido em 5%, passando para R$ 147 em imóveis residenciais e R$ 252 nos comerciais.

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A entrega no endereço do contribuinte deverá terminar até o dia 15. Se o talão não chegar até esta data, pode-se obter uma segunda via no prédio central da prefeitura, em qualquer Rua da Cidadania ou pela internet (www.curitiba.pr.gov.br). O pagamento à vista, até 10 de fevereiro, dá direito a desconto de 7%, menor que os 20% do ano passado. Na avaliação da Secretaria de Finanças, esse abono garante um desconto real em relação ao valor do ano passado. Dos 562 mil imóveis, 399 mil são residenciais, 108 mil não-residenciais e 55 mil terrenos vagos.

Segundo a prefeitura, os 5% de reajuste não representam aumento real, pois o percentual é menor que os 5,3% da inflação medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), usado para atualização. Para 60% dos imóveis, a correção oscila de 3,1% a 4% conforme o tipo – se residencial, comercial ou terreno vago. Também pesam no cálculo a idade do imóvel, a localização e o padrão de acabamento, se de alvenaria, de madeira ou misto. A correção só passa de 5% para aqueles que aumentaram a área construída ou mudaram de função, passando de residencial para comercial, por exemplo.

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A tabela de cálculo do IPTU, com diferentes alíquotas para diferentes imóveis, respeita a lógica do mercado imobiliário. O fator localização, por exemplo, é calculado conforme a valorização da rua e da quadra onde fica o imóvel. Assim, é possível estabelecer o IPTU mais caro e o mais barato de Curitiba. O primeiro está na Avenida Marechal Floriano Peixoto, perto da Praça Tiradentes, no Centro, onde o metro quadrado de área construída vale R$ 1,4 mil. No outro extremo, a rua Pedro Pilato, na Caximba, perto do aterro sanitário, tem o metro quadrado custando apenas R$ 28,35.Os terrenos baldios têm a alíquota mais alta no cálculo do reajuste. A prefeitura pretende com isso estimular os donos a ocupar estas áreas. Segundo o diretor de rendas mobiliárias da Secretaria Municipal de Finanças, Altevir Bello dos Santos, outros 63 mil imóveis da capital estão isentos do IPTU. São os que se enquadram dentro dos critérios definidos para isenção: imóveis de uso residencial de até 70 metros quadrados, padrão de acabamento simples e valor venal inferior a R$ 26.100.