Pesquisa

Dados analisados pelo Inmetro confirmam o senso comum– a falta da leitura dos manuais de instrução dos produtos comprados tende a gerar problemas para o próprio comprador. Dados preliminares também indicam dificuldade em lidar com embalagens e as já clássicas inadequações com os brinquedos infantis.

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O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) lançou esta semana uma pesquisa sobre acidentes de consumo, para identificar produtos e serviços que oferecem riscos à saúde ou segurança das pessoas. O objetivo é aprimorar os critérios de avaliação e subsidiar a lista do que será analisado nos próximos anos.

Fácil

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A pesquisa tem o mesmo princípio do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidente de Consumo (Sinmac), que recolhe relatos de consumidores que tenham sofrido acidente utilizando o produto ou serviço conforme indicado pelo fornecedor. De acordo com o chefe da Divisão de Gestão Corporativa (Dgcor) do Inmetro, Silvio Ghelman, a diferença é que o preenchimento da pesquisa é mais fácil, e vai ter os resultados divulgados de forma sistematizada.

Ghelman diz que o objetivo é facilitar a tomada de medidas pelo Inmetro. "Se determinados produtos ou serviços geram muitos acidentes, [vamos] entender o que está acontecendo e estudar uma forma que mude o regulamento técnico, ou fazer uma campanha educativa, ou mudar a norma, ou sentar com o fabricante para tentar ver como melhorar o produto", afirma. "A ideia é justamente essa: a gente ter um diagnóstico mais preciso do que está causando dano à saúde e à segurança do consumidor, quando aquele produto está sendo utilizado de acordo com as instruções de uso."

A pesquisa pode ser preenchida até o dia 28 de janeiro no site www.inmetro.gov.br/pesquisa. Qualquer relato pode ser feito, independente de quando tenha ocorrido o acidente. O Inmetro destaca que os principais problemas que levam a acidentes são defeito no produto, falta de informação adequada ou informações incorretas. Atualmente, lideram o ranking de acidentes de consumo os eletrodomésticos, utensílios domésticos, produtos infantis e embalagens.

Em 2015, o instituto também comemora 20 anos do Programa de Análise de Produtos. De acordo com Ghelman, nesse período, várias regulamentações mudaram depois das recomendações do Inmetro, como as cadeirinhas para bebê, que diminuíram o número de acidentes e mortes de crianças no trânsito.