Em março deste ano, a prefeitura de Curitiba anunciou que estudava a possibilidade de mudar o uso do pavilhão de exposições do Parque Barigüi. As propostas para a mudança de perfil do espaço até hoje têm sido mantidas a sete chaves pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), o órgão municipal responsável pela elaboração dos projetos. Mas o segredo tem gerado especulações. Além disso, entidades da sociedade civil se preparam para apresentar à prefeitura sugestões que têm de tudo para mexer com o imaginário do curitibano.
Dentre as propostas em discussão por entidades do setores turístico e empresarial está desde a manutenção do atual perfil, de centro de exposições, até a transformação do pavilhão em uma espécie de mini-Broadway, voltada para grandes produções culturais e musicais.
Outra idéia, que foi anunciada no início do ano pela própria prefeitura, é a implantação de um centro de esporte, saúde e lazer no local. Nessa mesma linha, outra proposta seria a criação de uma grande arena poliesportiva com possibilidade de também receber shows artísticos.
Até mesmo a construção de um aquário (ou oceanário) no espaço do pavilhão, com exposições permanentes de animais aquáticos em grandes tanques, foi sugerida. Mas essa idéia já estaria descartada. Outras opções elencadas seriam a implantação de um museu de história natural e de um planetário.
Nesta semana, em uma reunião da Câmara Municipal, mais uma idéia foi sugerida pelo diretor-presidente de O Boticário e proprietário do Shopping Estação, Miguel Krigsner. Ele propôs que o pavilhão se transforme na "Cidade das Crianças", um espaço de lazer infantil que reproduziria uma cidade real, com hospital, bombeiros, banco, polícia, prédios, fábricas, indústrias, veículos. A proposta foi feita com base na Ciudad de los Niños, empreendimento que existe no México.
O Curitiba Convention & Visitors Bureau, entidade cujo objetivo é fomentar a atração de turistas, gostaria de ver o pavilhão se transformar em um centro cultural e de entretenimento diferenciado. O presidente da entidade, Adonai Aires de Arruda, diz que a idéia seria construir uma estrutura de multiuso, com palcos flexíveis que permitissem shows, como o do Cirque du Soleil, musicais do tipo Broadway ou apresentações de natação artística. "O Teatro Guaíra é um bom espaço cultural de Curitiba, mas tem algumas limitações", justifica.
Outra idéia do Curitiba Convention seria a de se realizar quinzenalmente, no espaço cultural, apresentações de grupos folclóricos étnicos curitibanos. A entidade rejeita, porém, a proposta de manutenção do espaço como centro de exposições. "Esses eventos podem ser absorvidos por outros espaços", diz Arruda.
Postura diferente tem a Associação Brasileira das Agências de Viagem do Paraná (Abav-PR). A entidade sugere que o pavilhão seja mantido como um centro de exposições, remodelado para também receber outros tipos de eventos. "Para fazer uma nova atração na cidade, não precisamos acabar com uma que já existe", justifica o presidente da Abav-PR, António Azevedo.
A vereadora Julieta Reis, presidente da comissão da Câmara Municipal criada para discutir a mudança de uso do pavilhão, diz ser contra a idéia de transformar um espaço voltado à saúde e esporte. "Acho que Curitiba já tem muitos espaços desse tipo", diz ela. O vereador Rui Hara, também membro da comissão, diz que diversas entidades têm sido ouvidas para sugerir usos do pavilhão. A corrente majoritária, até agora, tem sido a de transformação do espaço em um pavilhão de múltiplo uso, que contemple feiras e outros tipos de eventos. A comissão da Câmara deve enviar um relatório com as sugestões para a prefeitura até o mês que vem.
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