São Paulo – O ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos é suspeito de estar envolvido no esquema de violação de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que depôs na CPI dos Bingos contra o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci. De acordo com denúncias publicadas na revista "Veja", Bastos teria participado de reunião na casa de Palocci, no dia 23 de março, onde estariam também, além de Palocci, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso e o advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho, que estaria lá a pedido de Bastos.

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O objetivo da reunião seria encontrar um caminho para encobrir Palocci, que, de acordo com o depoimento de Mattoso na Polícia Federal, foi o responsável pela quebra de sigilo de Francenildo. A solução, que teria sido arquitetada com a ajuda de Bastos, envolvia o pagamento de R$ 1 milhão para quem assumisse a culpa pela violação do sigilo bancário. A idéia seria fazer com que um funcionário da Caixa assumisse essa responsabilidade em troca do "prêmio". Bastos confirma ter participado de reunião com Palocci, mas nega a menção de qualquer informação sobre a entrega do extrato bancário ao ex-ministro e da sugestão de pagamento de propina a funcionários da Caixa. O motivo do encontro, de acordo com a assessoria de Bastos, seria apresentar Malheiros a Palocci.

Um dos assessores de Bastos – Daniel Goldberg (Secretário de Direito Econômico) – estava na casa de Palocci na noite do dia 16 de março, quando Mattoso entregou o documento para o ex-ministro. Bastos estava em Rondônia neste dia.

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