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No dia 29 de junho, a oposição ao governo no Congresso pediu a convocação dos ex-ministros Humberto Costa e Saraiva Felipe para depoimento na CPI dos Sanguessugas. Eles comandaram a pasta da Saúde durante o governo Lula. Em reação, o PT estendeu o pedido ao candidato ao governo de São Paulo José Serra, que esteve à frente do Ministério da Saúde durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Leia abaixo as principais acusações contra os três ex-ministros:

Saraiva Felipe (2005–2006):

1) No primeiro depoimento de Maria da Penha Lino à Polícia Federal, em maio, a funcionária do Ministério da Saúde diz ter sido convidada a trabalhar na Saúde pelo próprio Saraiva Felipe, sem intermédio da Planam, empresa que encabeçava o esquema de fraude. Maria da Penha pressionava o alto escalão do órgão para liberar recursos para a compra de ambulâncias superfaturadas.

2) Segundo informações da CPI dos Sanguessugas, os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam, disseram que Saraiva Felipe tinha conhecimento prévio das operações de Maria da Penha Lino.

Humberto Costa (2003–2005):

1) Reportagem da revista Veja apontou que os Vedoim teriam negociado com Humberto Costa, em fevereiro de 2003, o pagamento de uma dívida do Ministério da Saúde com a Planam. A audiência entre os empresários e o ministro teria sido intermediada por José Airton Cirilo, acusado de atuar no esquema em prefeituras cearenses. Costa teria repassado a cobrança ao seu chefe de gabinete, Antônio Alves de Souza, dizendo aos empresários que Alves poderia liberar o pagamento.

2) Análise de documentos do Ministério da Saúde mostram que Humberto Costa foi omisso em relação a denúncias feitas pela Controladoria-Geral da União a respeito de "uma quadrilha operando em âmbito nacional" que estava fraudando licitações no ministério. As revelações, feitas em novembro de 2004, provocaram reações somente um mês depois.

O então ministro criou um grupo de trabalho, que só foi formado em fevereiro de 2005.

Não obstante, continuou assinando convênios com municípios para a compra de ambulâncias.

José Serra (1998–2002):

1) Dados divulgados pelo governo federal mostram que dois terços das compras superfaturadas no Ministério da Saúde aconteceram entre 2000 e 2002, durante a gestão do tucano José Serra.

Além disso, o PSDB seria o partido com o maior número de prefeituras envolvidas na fraude, o que implica 128 prefeitos do partido como participantes da máfia.

O PFL, aliado do PSDB, é o segundo, com 107 prefeituras citadas.

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