Brasília (AG) – Ao tomar conhecimento de estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostrando que o Judiciário continua lento, apesar da redução do número de novas ações entre 2003 e 2004, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, cobrou o fim dos recursos protelatórios usados pelo poder público.

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Segundo Busato, a administração pública é a grande responsável pela lentidão da Justiça brasileira.

"É profundamente necessário que se atinja o poder público, que é quem verdadeiramente atola o Judiciário brasileiro de processos. Todo esse congestionamento na Justiça tem, em grande parte, um único responsável: o poder público, que utiliza de recursos procrastinatórios que não têm qualquer razão de ser", disse Busato.

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Avanço

O presidente da OAB observou que o levantamento do CNJ já é um grande avanço porque agora é possível saber o que efetivamente ocorre dentro do Judiciário, o que permitirá adotar medidas para corrigir as distorções.

"O levantamento do Conselho Nacional da Justiça demonstra uma realidade dos fatos, não nos trazendo qualquer surpresa. O aspecto de ter sido feito por parte do CNJ já é um grande avanço. Não estamos mais dentro de um vôo cego, sem saber o que efetivamente está acontecendo com o Judiciário. Com o advento do CNJ já há levantamentos e, a partir daí, poderemos traçar rumos para corrigir as distorções", afirmou.