1) Chaveta recebe R$ 500,00 por BMW roubado, R$ 125,00 por carro japonês e R$ 250,00 por 4x4. Como já puxou dois BMW e três 4x4, quantos carros japoneses terá que roubar para receber R$ 2.000,00?
2) Rojão é cafetão na Praça Mauá e tem três prostitutas que trabalham para ele. Cada uma cobra R$ 35,00 do cliente dos quais R$ 20,00 são entregues a Rojão. Quantos clientes terá que atender cada prostituta para comprar a dose diária de crack no valor de R$ 150,00?
Manifestação
Com cartazes, alunos pedem a volta de Pini
Um grupo de 200 alunos da Escola Estadual João Octávio dos Santos, que fica no Morro do São Bento, na periferia de Santos, fizeram uma manifestação ontem em apoio ao professor Lívio Celso Pini. Eles pediram o retorno do docente, afastado pela Secretaria da Educação de São Paulo desde a semana passada, quando a polêmica prova com conteúdo sobre crimes foi denunciada pela mãe de um aluno.
Postados em frente ao colégio, os estudantes exibiam cartazes com frases como "Queremos o Professor Lívio de volta" e "O professor Lívio nos trouxe a realidade, e a realidade é que perdemos um ótimo professor". Eles recolheram assinaturas para um abaixo-assinado que pede o retorno do professor e deve ser entregue hoje na Delegacia Regional de Ensino, em Santos. Os alunos também alegam que, desde que Pini foi afastado, as turmas estão sem aulas de matemática.
Questionada sobre o afastamento do professor e a ausência de um substituto para a disciplina, a Secretaria de Educação de São Paulo respondeu em nota que "desde que tomou ciência dos fatos em questão, a Administração não fez prejulgamento do docente, cujo afastamento teve, inclusive, a finalidade de preservar seus direitos", sem dar explicações sobre como ficarão as aulas de matemática das turmas de Pini.
O professor de matemática Lívio Celso Pini, de 55 anos, disse à polícia que aplicou problemas com assuntos relacionados a crimes a alunos da Escola Estadual João Octávio dos Santos, em Santos, no litoral de São Paulo, para que refletissem e discutissem o tema posteriormente em sala de aula. Pini prestou depoimento ontem na Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Santos, que instaurou inquérito para apurar se o professor cometeu "apologia ao crime". O docente aplicou um exercício com seis questões aos alunos de uma classe do 1.º ano do ensino médio da escola, na segunda-feira da semana passada. Os problemas abordavam tráfico de entorpecentes, prostituição, roubo de veículos, assassinato e uso de armas de fogo.O delegado da Dise, Francisco Garrido Fernandes, disse que Pini afirmou que as perguntas foram retiradas de um site e que já havia aplicado o mesmo teste no ano anterior. "Ele disse que a finalidade era fazer uma reflexão entre os alunos sobre os temas tratados e, posteriormente, em cima dessa reflexão, ia ser discutido [o assunto] na classe."
Segundo Garrido, o professor contou ainda que pretendia obter aprovação da direção da instituição de ensino para orientar os alunos a fazerem cartazes educativos de antiviolência, baseados nas questões, para serem colocados no mural do colégio.
Pini escondeu o rosto ao deixar a delegacia e não quis falar com a imprensa. O advogado do professor, Thiago Serralva Huber, disse que seu cliente está "muito abalado" e "sob o efeito de medicação". "Ele está tomando medicação para se acalmar, haja vista a vida dele ter se transformado em um martírio desde que isso veio à tona", afirmou Huber, contando que não sabe se Pini está arrependido de ter aplicado tal teste."Eu não conversei com ele sobre arrependimento, isso é muito subjetivo. O objetivo do professor era criar não só o diagnóstico dos alunos como também motivar, porque a primeira semana de aula é um pouco vaga. O professor tinha cinco aulas e ia desenvolver um projeto de valorização dos alunos, de incentivo a criar valores íntimos", disse.
Segundo ele, a direção da escola não sabia do teor das questões porque o educador tem autonomia para escolher o tipo de exercício que vai dar em sala de aula.
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