Oito pessoas morreram e 291 ficaram feridas, no ano passado, em acidentes na Linha Verde trecho da rodovia entre o Centro Politécnico e a trincheira do Pinheirinho. O número, embora expressivo, está na média de anos anteriores ao início da obra de urbanização, em janeiro de 2007. A expectativa de que a maior obra urbana de Curitiba dos últimos tempos reduza os acidentes na antiga BR-116 começa a se concretizar, mas a passos lentos.
No primeiro ano de obra, o número de acidentes aumentou foram 879 em 2007, contra 831 em 2006, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No ano passado, já houve uma pequena redução do total de ocorrências 6% em relação a 2006 , mas o número de mortos no trecho aumentou.
Índices mais detalhados da PRF mostram que, em dois anos, houve aumento de ocorrências menos graves. O número de colisões laterais, por exemplo, triplicou. "Colisões laterais ocorrem geralmente em áreas de cruzamento ou mudanças de fluxo, típicas dos períodos em obras. Nas rodovias, geralmente, o tipo de acidentes mais comum é a colisão traseira", diz o inspetor Antônio Paim, chefe da Primeira Delegacia da PRF.
De acordo com Paim, a Linha Verde segue uma tendência típica de trechos em reformas. Durante as intervenções, os motoristas tendem a diminuir a velocidade. Com isso, as ocorrências podem até aumentar (como em 2007), mas se tornam menos agressivas. "A velocidade está intimamente ligada à gravidade", diz Paim. "Na duplicação da pista Curitiba-São Paulo, durante as obras, os acidentes caíram. Mas, assim que a pista foi liberada, os acidentes foram mais graves e em maior número."
O inspetor explica que, se não houver fiscalização rígida, essa é uma tendência da Linha Verde. Conforme a prefeitura, quando as duas fases da obra estiverem completas, serão 14 radares limitadores de velocidade em 70 quilômetros por hora nos 18 quilômetros.
Movimento
A redução do número de acidentes deveria ser maior, considerando a provável queda do movimento na rodovia durante as obras. O professor de Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Hardt, afirma que muitos motoristas evitam trechos de tráfego conturbado pelas reformas. "Além da diminuição de velocidade, é natural que no local onde estão localizadas as obras ocorra diminuição do fluxo", diz. Segundo a prefeitura, não há estudos indicando se os motoristas procuraram caminhos alternativos, o que poderia diminuir a incidência de automóveis no trecho analisado.
É o caso do autônomo Michel Sabchuk: "Só passo na Linha Verde quando sou obrigado. Muitas das mudanças de sentido de ruas e os bloqueios não eram informados. Foi bem problemático", diz. Na antiga BR, o fluxo alcançava 45 mil veículos por dia. A prefeitura informa que a organização das obras, em pequenos trechos, permitiu a passagem dos mesmos 45 mil veículos nos últimos dois anos.
Outro aspecto favorável à diminuição dos acidentes é a atenção dos motoristas. "Por não se tratar de uma situação corriqueira, o condutor não relaxa. Ele sabe que deve estar atento pela possibilidade de obstáculos e de mudanças bruscas", explica Hardt.
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