Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Moradores e comerciantes do bairro Bigorrilho, em Curitiba, têm um vizinho incômodo. Trata-se de uma construção localizada na Rua Ângelo Sampaio, entre as ruas Saldanha Marinho e Carlos de Carvalho. Há cerca de dois anos, a construtora responsável pelo imóvel parou as obras. Desde então, todo o subsolo do edifício acumula água da chuva. Quem mora ao lado reclama da presença de ratos e teme que o local seja foco do mosquito da dengue. Eventualmente, segundo relatos, a construção é utilizada por moradores de rua e como esconderijo para assaltantes que agem na região. Até como depósito de lixo hospitalar o local já teria sido usado, conforme vizinhos.

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"A prefeitura está gastando uma grana para procurar água parada em vasinhos e lá tem litros e litros de água. Tem pelo menos um metro de altura de água. É um situação bem crítica. Fica o receio da dengue", afirma o engenheiro de telecomunicações, José Antônio Pontoni Wachowicz, 37 anos.

A prefeitura já foi informada sobre o problema, dizem moradores e comerciantes da região. "Faz tempo que fizemos um requerimento na prefeitura (cerca de dois anos) e até agora não foi feito nada", diz a técnica em transação imobiliária, Ira Ferreira, 70 anos.

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De acordo com a prefeitura, já foi pedido à construtora providências em relação aos problemas relatados por moradores da região e comerciantes. Segundo a coordenadora municipal do Programa de Combate à Dengue, Márcia Saad, também foram realizadas duas inspeções no local, mas não foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue. "Mesmo assim orientamos o responsável pelo imóvel para esgotar a água e limpar o entulho do entorno."

Como o pedido da prefeitura não foi atendido, o responsável pelo imóvel foi intimado, no mês de setembro, a seguir as orientações dentro de um prazo de 15 dias. Até agora nada foi feito. O próximo passo, segundo a prefeitura, é autuar o responsável e aplicar uma multa que varia entre R$ 115 e R$ 4,1 mil.

Com o prazo de defesa e recursos a que o responsável pelo imóvel tem direito, a coordenadora de vigilância sanitária do município, Rosana Zappe, estima que até se chegar ao resultado final do processo deve-se levar ainda mais dois meses. A construtora foi procurada pela reportagem, mas ninguém responsável para comentar o assunto foi encontrado.

Dengue

A prefeitura de Curitiba já detectou 101 focos de dengue na cidade e confirmou 72 casos "importados" da doença, ou seja, todos contraídos fora do município. Segundo Márcia, o índice de infestação está abaixo de 1%.

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Desde o início da semana passada, 136 agentes da Secretaria Municipal de Saúde estão fazendo o Levantamento de Índice Rápido de Infestação (Lira) para dengue. Até 1.º de novembro 21 mil imóveis serão visitados em 75 bairros da cidade. A pesquisa nacional deve ser concluída até o fim de novembro e envolve 172 municípios brasileiros.