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Propostas

Nem todas as propostas da prefeitura de Curitiba foram incluídas no PAC. Sem dinheiro, não há previsão para obras com a do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) saírem do papel. Para a prefeitura, isso não é preocupante. "Para Curitiba [esse pacote de obras aprovadas] está relativamente de bom tamanho, mas para a região metropolitana dá para fazer muito mais", diz o secretário de Planejamento, Fábio Scatolin, que aposta na interação entre a capital e as cidades do entorno.

Oito meses após apresentar uma proposta extensa de mobilidade urbana, a prefeitura de Curitiba teve três projetos incluídos no PAC da Mobilidade: a remodelação da linha Inter 2 (orçada em R$ 585 milhões); a conclusão da Linha Verde (R$ 268,5 milhões); e a ampliação da capacidade e velocidade das linhas de ônibus BRT (R$ 273 milhões). Além disso, a cidade garantiu as verbas do metrô. Entre outras coisas, isso significa que as obras viárias na cidade vão ultrapassar o período da Copa do Mundo, que começa em junho.

INFOGRÁFICO: Confira o que vai mudar e os pontos que podem ser melhorados na linha

De acordo com o secretário de Planejamento de Curitiba, Fábio Dória Scatolin, os técnicos da prefeitura discutem a ordem de prioridade de cada projeto, para que as obras afetem minimamente a população e não haja a concentração na mesma região. O objetivo é que até o fim de maio pelo menos uma grande intervenção em cada um desses projetos seja licitada. "Não vai ser uma única licitação, isso é impossível. Vamos ter várias obras desses projetos, com o intuito de reduzir ao máximo os transtornos à população, mas não dá para fazer uma omelete sem quebrar os ovos", argumenta.

Corredor

A capital ainda tem um conjunto de obras da Copa em fase de finalização, como o corredor aeroporto-rodoferroviária e o acesso ao terminal, que podem se estender até julho. "Precisamos acabar essas para começar as novas", diz Scatolin.

Itinerário

Daqui por diante, os binários – estruturas viárias que ganharam espaço nos últimos anos – só terão vez se ajudarem a desafogar o trânsito que está no itinerário de grandes linhas do transporte coletivo, como é o caso do Inter 2. Todos os dias, cerca de 88 mil passageiros embarcam em um veículo da linha. Além de ter uma das maiores demandas da Rede Integrada de Transporte (RIT), que serve a Curitiba e cidades da região metropolitana, o "Falcão Prateado" também faz um dos maiores itinerários do sistema: 38 quilômetros, por 24 bairros da capital. Para dar a volta completa, o passageiro leva hoje, no mínimo, 102 minutos. Esse Inter 2 atual está com os dias contados: um projeto de remodelação da linha foi incluído no PAC e a prefeitura já garantiu R$ 102,46 milhões, de um total de R$ 585 milhões, para a primeira fase de obras.

Com o recurso que já está liberado, serão implantados dois binários e uma trincheira, a reforma de dois terminais de ônibus e estudos para implantação de faixas exclusivas para circulação dos coletivos. Mais para frente, novos ônibus entram em operação: todos articulados e com portas para os dois lados.

De quebra, o Interbairros 2, ônibus do tipo parador, também sai ganhando. Os 65 mil passageiros diários do ônibus verde se beneficiam das mudanças viárias do "primo" prateado. Embora não façam exatamente o mesmo itinerário – o verde circula por 44 quilômetros, com uma variação para atender Boa Vista, Pilarzinho e Vista Alegre, na Zona Norte – a fluidez de trânsito almejada para um atenderá o outro.

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