O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, tentou minimizar a polêmica que envolve moradores da região da Praça do Japão e o projeto de adaptação da canaleta do biarticulado para a passagem do Ligeirão Norte. Em uma reunião nesta terça-feira (26) para esclarecer o andamento do projeto, na Câmara Municipal de Curitiba, Gregório disse que não há previsão de qualquer intervenção no local. Moradores da região temem que a obra para adaptar as vias no entorno da praça para que o ônibus possa fazer a volta desfigurem o espaço público.
O projeto da linha Expresso Ligeirão Norte pretende ligar o Terminal Santa Cândida à Praça do Japão, com ponto final na estação-tubo Bento Viana. Desde o ano passado, moradores organizam um abaixo-assinado e fixam faixas de protesto para tentar impedir as obras de implantação do Ligeirão na praça. A principal reivindicação é a preservação das características originais do local.
Na reunião da Câmara desta terça (26), Gregório disse que já assumiu o compromisso de avaliar alternativas para não precisar fazer a parada final do ônibus no tubo Bento Viana. Ele disse, segundo informações da página oficial da prefeitura, que a decisão foi tomada depois da mobilização da população, contrária à intervenção na região.
O compromisso já havia sido assumido em janeiro, quando uma reunião entre o secretário de Relações com a Comunidade de Curitiba, Caíque Ferrante, e moradores do entorno da praça, foi realizada. Na ocasião ficou decidido que o projeto ficaria "congelado" até que fosse feita uma análise conjunta da proposta por técnicos da prefeitura e representantes da comunidade.
Localização do tubo é questionada
O promotor de Justiça Willian Buchmann também participou da reunião e relatou que acompanha o caso. Segundo ele, outro tema que é alvo de controvérsias é a localização da estação-tubo Bento Viana. Pelo projeto original, a parada ficaria em frente ao Colégio Santa Terezinha. Os moradores são contrários a esta localização e a Urbs garante que também irá reavaliar este ponto.