As obras de recapeamento da única pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, ainda não começaram. Mesmo assim, pousos e decolagens não estão ocorrendo das 7h às 12h desde a última segunda-feira (23).
Com um atraso de dois dias, a empresa responsável pelo recapeamento se instalou na cidade na segunda-feira, iniciando a contratação de mão de obra. Após completar o quadro de funcionários, a empresa começará os serviços de topografia, ainda sem data prevista. As companhias aéreas, comunicadas com antecedência sobre a reforma, readequaram os planos de voos para os demais períodos. "O atraso da obra não significa que a pista esteja fechada, o que aconteceu foi que as companhias já não teriam voos nesse horário e, por isso, desde segunda-feira não estão mais pousando", explicou o presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Paulo Angeli.
A reforma da pista, financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) está estimada em R$ 8,4 milhões. A obra faz parte de uma série de melhorias prevista para o aeroporto. Iniciado em março de 2012, o cronograma de reformas já concluiu algumas etapas. A nova sala de embarque, por exemplo, teve aumento de capacidade, passando de 840 metros² para 1.022 metros². As melhorias compreendem ainda alterações no check-in, de 26 para 36 posições, implantação de sistema informativo de voos, sistema de sonorização e sistemas contra incêndio. A reforma abrange também o estacionamento, que terá ampliação de 90%. No total, a previsão de investimentos é de R$ 68 milhões.
Com o atraso da obra, o setor turístico da cidade já demonstra preocupação. "É preocupante toda e qualquer obra que atrapalhe o turismo, mas essa obra é uma questão de segurança, e nós somos a favor. A nossa preocupação é que teve companhia que mexeu nos horários de voo, e não sabemos como o mercado vai entender isso. Nenhum voo foi retirado, só mudou de horário. Esperamos que a empresa realmente entregue a pista no dia 30 de abril de 2014", destaca Angeli.
A última reforma no aeroporto ocorreu em 1989. Desde então, o local recebia apenas manutenções preventivas e corretivas.
