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Ocupantes do barco depõem sobre acidente nas Cataratas do Iguaçu

Os cinco turistas sobreviventes do acidente no lado argentino do Parque Nacional do Iguaçu foram ouvidos pelas autoridades argentinas nesta terça-feira (22). As investigações vão apontar se houve imperícia ou negligência do piloto Mário Aguirre, 42 anos, que pode ser acusado por duplo homicídio culposo (quando não há a intenção de matar).

A apuração dos fatos está sendo feita pela Prefeitura Naval de Puerto Iguazú, órgão que regulamenta as atividades de embarcações no lado argentino. Os oito sobreviventes, entre turistas e tripulantes, também prestarão novo depoimento ainda esta semana. A Capitania Fluvial do Rio Paraná, sediada em Foz do Iguaçu, não participa da investigação.

Dois turistas estadunidenses morreram no acidente nas Cataratas do Iguaçu que ocorreu na manhã de segunda-feira (21), próximo ao Salto San Martín, por volta das 11 horas. Laura Evert, 28 anos, estava em lua-de-mel. A outra vítima fatal foi Philip Musgrove, 70 anos. O barco virou e os ocupantes aguardaram por socorro em cima de uma pedra.

Ao todo, dez pessoas estavam na embarcação no momento do acidente – sete turistas estrangeiros, dois tripulantes e um fotógrafo argentino (funcionário da empresa de turismo Iguazú Jungle, que organiza o passeio). Apenas o fotógrafo seguia internado em um hospital da argentina nesta terça-feira.

Ainda não se sabe qual foi a causa do acidente. O barco estava habilitado para o passeio e todos os passageiros usavam colete salva-vidas, segundo a Prefeitura Naval de Puerto Iguazú.

Nota oficial

A empresa de turismo Iguazú Jungle divulgou uma nota oficial na noite de segunda-feira lamentando o acidente e as mortes. A Iguazú Jungle disse que estava tomando as providências necessárias para o translado dos corpos dos turistas para os Estados Unidos.

A empresa informou ainda que o piloto navega no Rio Iguaçu há 15 anos é e habilitado.

Os passeios de barco no lado argentino estão suspensos por tempo indeterminado. No Brasil, o passeio continua sendo oferecido, segundo a direção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), responsável pela administração do parque no Brasil.

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