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Cascavel – Cerca de 600 lideranças do Oeste do Paraná estiveram reunidas ontem, em Cascavel, para discutir as diretrizes do planejamento estratégico do estado na próxima década. A educação foi apontada pelos participantes do Fórum Futuro 10 Paraná como fator chave para o desenvolvimento da região. "Oferecemos um ensino de base de qualidade e temos uma grande vocação para a educação", disse o secretário de Finanças de Cascavel, Ângelo Malta, que participou dos grupos que discutiram responsabilidade social.

Todos os aspectos da educação foram citados durante o fórum, desde a importância da universalização do ensino básico, até investimentos em pesquisas acadêmicas e desenvolvimento de tecnologia de produção, passando pela qualificação profissional e capacitação de quem trabalha com o ensino. "Educadores precisam ter uma formação continuada, pois profissionais mais capacitados formam alunos mais empreendedores e mais comprometidos", analisou a diretora do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, irmã Carmem Gandra, que discutiu o tema educação e cultura. Segundo ela, educadores qualificados utilizam melhor os recursos disponíveis na escola, agregando valor no futuro profissional dos alunos, possibilitando uma melhor inserção no mercado de trabalho.

Lacuna

Os participantes do fórum compreenderam que a educação inadequada do indivíduo limita a capacidade de crescimento da economia. O Oeste do Paraná é uma região próspera, mas existe uma lacuna no mercado de trabalho. Se por um lado um grande contingente de trabalhadores reclama que não consegue emprego, do outro existem empresários que têm dificuldade para completar seu quadro funcional por falta de mão-de-obra qualificada. "Comprei um trator informatizado e fiquei muito tempo sem poder usar esse recurso porque não encontrava alguém que pudesse operar o equipamento", contou o consultor de empresas João Batista Padilha, que participou do grupo que discutiu o futuro da indústria. "É preciso investir mais em cursos técnicos", sugeriu.

"A presença de escolas e a disponibilidade de tecnologia fazem com que os filhos dos agricultores permaneçam no campo", afirmou a pequena produtora rural Cristina Friedrich, que participou de um dos grupos de agronegócio. Segundo ela, investimentos em educação fazem com que os jovens se interessem em continuar na agricultura, pois terão possibilidade de desenvolvimento no local em que moram.

O diretor de comércio exterior da Associação Comercial de Cascavel, Heroldo Secco Júnior, defendeu maiores investimentos no ensino superior, principalmente voltados para o setor agropecuário. Secco Júnior disse que Cascavel já se tornou um pólo de ensino superior, mas defendeu maiores investimentos públicos na região. "Queremos a criação de uma universidade federal especializada no agronegócio", disse.

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