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Curitiba – O número de alunos matriculados em cursos superiores no Paraná aumentou cerca de 36,5% no ano passado em comparação com o ano de 2002. Em relação a 2005, o crescimento foi de 5,36%. Em outros níveis escolares, o aumento do número de estudantes foi bem menor e, em alguns casos, houve até redução. Este é um dos dados apontados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Sinval Dias dos Santos, chefe do IBGE no Paraná, disse que estes números são resultado, principalmente, da proliferação de cursos superiores no interior do estado. E este fenômeno não ocorreu somente no Paraná. Na média nacional, o crescimento do número de alunos nas faculdades e universidades, no ano passado, foi 13,18% maior do que em 2005. Também explica esta expansão do nível superior a tendência de envelhecimento populacional, que já vem sendo observada há alguns anos, ou seja, a população que freqüenta outros níveis escolares, os mais jovens, está cada vez menor.

Quem faz parte desta estatística é Hanny Paola Domingues, 27 anos, aluna do curso de Pedagogia da Faculdade Expoente, em Curitiba. Depois que terminou o ensino médio, há cerca de dez anos, Hanny decidiu largar a escola. "Parei de estudar para namorar, casar e ter filho", contou ela, hoje separada e com um filho de 4 anos.

Mas no ano passado, a necessidade de uma formação superior levou Hanny de volta às carteiras escolares. Fez cursinho, vestibulares e, com uma bolsa integral do Programa Universidade Para Todos (ProUni), ingressou no curso de Pedagogia. "Já dou aulas particulares de português, mas o curso superior vai me ajudar muito. É uma realização profissional e pessoal", disse.

Outro que como Hanny engrossou a lista de universitários em 2006 foi Adriano Henrique Moleta, 19 anos. Ele passou no vestibular para o curso de Matemática, na Universidade Federal do Paraná. A alegria inicial foi enorme. Um mês depois do início das aulas, desistiu do curso, mas não do sonho universitário.

Selecionado na segunda chamada do ProUni, conseguiu bolsa parcial de 50% para cursar Tecnologia de Software nas Faculdades Spei. Ele começou a estudar no segundo semestre de 2006. "Agora estou gostando do curso", garantiu Adriano.

Analfabetismo

De um modo geral, os dados relativos à educação, levantados pela Pnad, são positivos. O analfabetismo diminuiu no Brasil e também no Paraná. Luiz Alceu Paganotto, analista do IBGE, lembrou que em 2002 a taxa de analfabetismo no país era de 11,83% e no passado chegou a 10,38%. No Paraná, a queda foi mais expressiva, com o porcentual passando de 7,87% para 4,88%. Ele explicou que neste cálculo é considerada a população com mais de 15 anos de idade.

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