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O aperto de mãos entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o líder cubano Raúl Castro, durante o funeral de Nelson Mandela em dezembro de 2013, surpreendeu o mundo. O gesto simbólico poderia significar uma aproximação entre as duas nações. Há cinco décadas, os Estados Unidos mantêm um embargo contra o governo comunista da ilha.

Segundo autoridades cubanas, esse embargo já custou US$ 1,1 trilhão à economia do país. Em 2000, o então presidente Bill Clinton apertou a mão de Fidel Castro na Assembleia Geral da ONU em Nova York. Mas não foi feita nenhuma imagem do momento e o governo norte-americano chegou a negar que o cumprimento tivesse ocorrido. Desde que Obama chegou ao poder, as tensões entre as duas nações diminuíram. Em 2011, por exemplo, Obama flexibilizou as restrições sobre vistos, remessas e viagens a Cuba.

Após o gesto de Obama e Raúl Castro, a Gazeta do Povo relembrou de outros sete apertos de mãos históricos entre diferentes líderes políticos.

Tony Blair e Muammar Kadafi – 2007

O primeiro-ministro britânico Tony Blair se encontrou com o ditador líbio Muammar Kadafi, em Sirte, na Líbia, em 2007. Mesmo sem grandes afinidades, os dois trocaram apertos de mãos. Kadafi passou a comandar a Líbia em 1969, quando tinha 27 anos, e depôs o rei Idris 1.º em um golpe de Estado. Ele foi morto em 2011 após passar 42 anos no poder. Blair visitou o ditador Kadafi outras vezes – uma delas, em 2004.

Reagan e Gorbachev – 1988

Em plena Guerra Fria, os líderes das duas principais nações se encontraram em Moscou. O presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev se cumprimentaram durante um encontro. O ano era 1988, a Guerra Fria já caminhava para fim e em pouco tempo a União Soviética seria extinta. A visita de Reagan foi a quarta viagem do presidente à União Soviética para se encontrar pessoalmente com o governante do bloco rival.

Yitzhak Rabin e Yasser Arafat – 1993

Em 1993, o mundo parou para assistir a um aperto de mão simbólico entre o primeiro-ministro israelense Yitzahk Rabin e o líder palestino Yasser Arafat. O ato se deu no jardim da Casa Branca, sob o olhar do presidente Bill Clinton. A Declaração de Princípios, selada com o aperto de mãos, foi celebrada como um avanço no conflito entre árabes e judeus. Foi o primeiro de uma série de acordos que resultariam na criação da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) concordavam ser aquele "o momento de dar um basta a décadas de confrontação e conflito". Vinte anos depois, a paz ainda está distante de israelenses e palestinos.

Churchill, Truman e Stalin – 1945

Três líderes mundiais que lutaram do mesmo lado na Segunda Guerra Mundial se cumprimentaram com o conflito já perto do fim. O primeiro-ministro britânico Winston Churchill, o presidente dos Estados Unidos Harry Truman e o líder soviético Josef Stalin. Do mesmo lado lutaram capitalistas e comunistas contra os governos totalitários de Adolf Hitler (Alemanha) e Benito Mussolini (Itália). O aperto de mão aconteceu em julho de 1945. Depois do fim do conflito, soviéticos, ingleses e norte-americanos tornaram-se rivais ao longo da Guerra Fria.

Mao e Nixon – 1972

Na década de 1970, o presidente dos Estados Unidos Richard Nixon tinha uma estratégia de paz: reduzir a presença militar em todo mundo e se aproximar dos países do Leste Europeu. Houve quem chegasse a anunciar que a Guerra Fria estava por terminar. Uma das ações mais inesperadas aconteceu em 1972, quando Nixon viajou à comunista China para se encontrar com Mao Tsé-Tung. Foram realizados brindes e passeios. O aperto de mão de Nixon e Mao ficou gravado na história na tentativa de reaproximar os dos países. Era o comunismo e o capitalismo cara a cara.

Fidel Castro e Nixon – 1959

Comandante recém-vitorioso da luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista, Fidel Castro se encontrou com o vice-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon em 21 de abril de 1959. O aperto de mão mostrou que a relação entre norte-americanos e cubanos pós-revolução chegou a ser amistosa, ainda que por pouco tempo. Fazia só três meses que Fidel e seus companheiros tinham tomado Havana. O encontro aconteceu em Washington. Mas, em 1962, John Kennedy decretou a proibição das importações de qualquer produto vindo de Cuba, além de vetar exportações para a ilha.

Hittler e Chamberlain – 1938

Em setembro de 1938, um ano antes de a Segunda Guerra Mundial eclodir, o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain cumprimentou Adolf Hitler, em Godesberg, na Alemanha. Durante esse encontro, houve a assinatura do Pacto de Munique, o qual concordava com a exigência de Hitler de que a região dos montes Sudetos na República Tcheca fosse entregue à Alemanha em uma tentativa para evitar conflitos. O Reino Unido e a Alemanha tornaram-se rivais mortais durante a guerra.

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