Brasília Já está decidida a saída de oito dos ministros do governo que serão candidatos nas eleições deste ano. O ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais), responsável pela coordenação política, será substituído pelo ex-ministro da Educação e ex-presidente do PT Tarso Genro.
Além de Wagner, deixarão hoje a equipe os ministros José Alencar (Defesa), Ciro Gomes (Integração), Alfredo Nascimento (Transportes), Saraiva Felipe (Saúde), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Agnelo Queiroz (Esporte) e José Fritsch (Pesca).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por indicar quatro secretários executivos para o lugar dos ministros que estão saindo e, com isso, ganhar tempo para negociar com os partidos que compõem a base de apoio do governo. (Veja lista ao lado.)
Alencar deixará o cargo porque não quer estar impedido para qualquer disputa em outubro. No Palácio do Planalto, o comentário é de que ele pode ser novamente candidato a vice na chapa de Lula à reeleição. Ciro Gomes vai concorrer a deputado federal, atendendo a pedido de seu partido, o PSB. Alfredo Nascimento, do PL, vai se candidatar ao governo do Amazonas.
O Ministério da Saúde também terá novo comandante. O mineiro Saraiva Felipe entregou o cargo ontem a Lula, mais dois nomes, ambos do PMDB, disputam a sua vaga: o secretário-executivo José Agenor Álvares da Silva e Paulo Lustosa, indicado pelo ex-presidente José Sarney.
Nos demais ministérios há menos polêmica em relação à sucessão.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, anunciou que deixa o cargo porque vai concorrer a uma vaga no Senado pelo PT do Rio Grande do Sul. O ministro da Secretaria de Pesca, José Fritsch disputará o governo de Santa Catarina.
Agnelo Queiroz, do PC do B, pretende concorrer ao governo do Distrito Federal, mas depende de acordo com o PT.