Policiais rodoviários federais são presos na Operação Carro Forte, que aconteceu nesta quinta-feira, em Foz do Iguaçu| Foto: Christian Rizzi / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Ao todo, foram apreendidos dez veículos, uma moto, um jet-ski, uma lancha com motor, armas e munições

Equipes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) prenderam 16 pessoas, dentre os quais oito policiais rodoviários, na região Oeste do Paraná na manhã desta quinta-feira (31). As detenções fazem parte da Operação Carro Forte, deflagrada para combater uma quadrilha de contrabandistas no estado e em São Paulo, além de deter agentes acusados de facilitar o contrabando nas rodovias paranaenses.

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As prisões aconteceram nas cidades de Foz do Iguaçu, Céu Azul e Santa Teresinha de Itaipu. Todas essas cidades têm postos da PRF ao longo da rodovia BR-277 e ficam próximos da fronteira do Brasil com o Paraguai. Os agentes são suspeitos de receber dinheiro de contrabandistas para facilitar a ação deles na região.

Segundo a PF, os oito policiais investigados têm um padrão de vida elevado, incompatível com a renda oficial. A investigação apontou ainda que a maior parte da propina era usada na compra de imóveis, carros de luxo e empresas.

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Após o interrogatório formal, todos os presos foram transferidos para a custódia da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba e estão à disposição da Justiça Federal.

Ao todo, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão na Operação Carro Forte. O resultado foi a apreensão de 10 veículos, uma moto, um jet-ski, uma lancha com motor, armas, munições, celulares, computadores e outras provas que evidenciam a ligação dos envolvidos aos crimes. Além disso, foram apreendidos aproximadamente R$ 145 mil em espécie, R$ 56,5 mil em cheques e U$5,6 mil.

A Justiça Federal decretou ainda a quebra de sigilo fiscal e o bloqueio de contas bancárias dos investigados e de pessoas próximas. A operação mobilizou 146 policiais federais e 10 policiais da Corregedoria da PRF.

A investigação da PF acompanhou durante cerca de dois anos o grupo, que atuava entre Foz do Iguaçu e Cascavel.