Morreu neste sábado (21), aos 93 anos, o arqueólogo e professor Oldemar Blasi, ex-diretor do Museu Paranaense e pioneiro da arqueologia no Paraná. Blasi estava internado no Hospital Vita, em Curitiba, e morreu de causas naturais. O sepultamento foi realizado no domingo (22), no Cemitério São Francisco de Paula, em Curitiba.
Blasi formou-se em Geografia e História pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1947. Na década seguinte, seria um dos fundadores e primeiro diretor do Centro de Pesquisa em Arqueologia da instituição, cargo que ocupou entre 1957 e 1959. Além das várias pesquisas de campo, ficou conhecido pela atuação no Museu Paranaense, onde se tornou diretor a partir de 1967.
Ao longo de duas décadas, lutou por melhorias na estrutura do museu, que sofreu com diversas mudanças de sede, e pela conservação da memória científica do estado. "Lembro de uma ligação de um secretário de Educação que reclamava de eu estar pressionando pela conservação dos sambaquis de Guaratuba. Ele gritava: o senhor está prejudicando o prefeito por causa desse monte de conchas", relembrou ele durante entrevista para a Gazeta do Povo em 2010.
O Museu Paranaense está preparando uma homenagem ao ex-diretor. Por coincidência, a instituição faz aniversário na quarta-feira (25) e, durante a semana comemorativa, pretende dedicar um momento à memória de Oldemar Blasi. "O professor Blasi, como era conhecido por seus discípulos - nos quais me coloco com muita honra e orgulho -, abria possibilidades de exercício das profissões de arqueólogo e historiador sempre que podia. A arqueologia do Paraná está de luto", lamenta Claudia Parellada, coordenadora de arqueologia do museu.
Blasi, ao lado do colega Igor Chmys, é personagem integrante do livro Perfil histórias que passam ao nosso lado, editado a partir de série homônima publicada na Gazeta. Solteiro, não deixa filhos.
