ONG do PR leva prêmio nacional

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A organização não governamental (ONG) paranaense Associação Difusora de Treinamento e Projetos Pedagógicos (Aditepp) foi uma das dez instituições vencedoras do Programa Parceiros em Ação, promovido pelo Banco Santander. Em premiação concedida na última quarta-feira, em São Paulo, o coordenador da instituição, Claudinei Miranda da Costa, recebeu um troféu simbólico que representa o valor de R$ 60 mil que o banco vai financiar para a realização de um projeto de educação em 2009 na Escola Estadual Vinícius de Morais, em Monte Castelo, na periferia de Colombo.

Foram inscritas no programa 240 instituições que trabalham com educação no país todo, mas apenas dez foram selecionadas para dividir os R$ 600 mil. No Paraná, nove projetos se candidataram, mas o único selecionado foi o da Aditepp. Desde 2005 o banco ajuda projetos ligados à educação. Até agora, foram 22 instituições beneficiadas no país.

A ONG ajuda a escola há um ano. Começou com projetos de comunicação entre os alunos do local, que vão desde a 5ª série do ensino fundamental até o último ano do ensino médio. "Agora nossa idéia é implantar um cursinho pré-vestibular comunitário para incentivar os alunos a prestar vestibular", explica Costa.

A escola tem 1.280 alunos, dos quais 30% recebem o Bolsa Família e 10% abandonam o estudo todos os anos. Ela atua em uma região com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e com sérios problemas de violência. "Muitos alunos do turno da noite não conseguem chegar na escola porque sofrem algum tipo de violência no caminho. É uma região bem pobre e perigosa", diz o vice-diretor Francisco Freitas.

O estudante Israel, de 14 anos, que está na 7ª série, pensa em cursar uma faculdade, diferente do que fizeram seus dois irmãos mais velhos, um de 20 e outro de 17 anos. "Ainda não sei direito, mas minha mãe me incentiva a fazer Engenharia Mecânica, porque eu sempre dizia que queria ser mecânico", conta.

A idéia do projeto é incentivar os alunos desde cedo, a partir já da 5ª série, a fazerem uma graduação. "Muitos se contentam apenas em terminar o ensino médio – muitas vezes nem isso fazem – e procurar empregos que não necessitam de estudo. A maioria quer ser ou jogador de futebol ou policial ", conta o coordenador da Aditepp.