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EM 90 DIAS

Ônibus de Maringá só vão aceitar cartão

A dupla função dos motoristas – que dirigem e cobram pas­sagens – em Maringá, no No­roeste do estado, estão com os dias contados. A prefei­tura anunciou que o pagamento da tarifa em dinheiro será proibido. Com a medida em vigor, quem não tiver o cartão Passe Fácil ou o cartão avulso não poderá fazer a viagem nos ônibus da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC). O mesmo já ocorre com os micro-ônibus de Curitiba desde 1.° de agosto.

"Discutimos o que poderia ser feito caso o passageiro só tivesse o dinheiro, mas não tem brecha. Se a pessoa não tiver cartão terá que descer do veículo", explica o procurador jurídico de Maringá, Luiz Carlos Manzato.

Para que os usuários não sejam prejudicados pela medida, Manzato garante que além dos 40 pontos de vendas de cartões outros 160 devem ser instalados até dezembro, em postos de combustíveis, bancas de jornal e farmácias. Segundo ele, a prefeitura, juntamente com a empresa responsável pelo transporte, vai intensificar a propaganda para que todos tomem conhecimento da mudança. O Executivo municipal estima que somente 10% dos usuários ainda usem o dinheiro.

A decisão foi tomada após muita relutância do município, que inclusive entrou com uma ação de inconstitucionalidade, alegando que a cláusula informando sobre o trabalho simultâneo fazia parte do contrato. Além disso, argumentou que as mudanças poderiam encarecer o valor da tarifa em até R$ 0,40. Com a ação negada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), a lei passa a valer em um prazo de 90 dias, contados a partir da publicação oficial, que deve ser feita ainda nesta semana, segundo a prefeitura.

Sobre o tal acréscimo no valor da tarifa, Manzato descarta aumento imediato no valor, mas avisa que isso deva ocorrer em abril do ano que vem, período do reajuste anual.

Preço único

Além de pagar somente com o cartão, os usuários terão um preço fixo na tabela. Até o momento, quem usa o cartão Passe Fácil, que permite a integração de uma linha a outra, ou cartão avulso, que não dá direito à integração, desembolsa R$ 2,75. Já para quem paga em dinheiro, a tarifa é de R$ 3,25. "Como o uso do dinheiro será extinto, passa a valer o preço único do cartão", explica Luiz Carlos Manzato.

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