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A sexta-feira (28) começou com aproximadamente 30% da frota do transporte coletivo fora de circulação em Cascavel, no Oeste. A greve parcial foi promovida pelo Sinttracovel (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Cascavel) para tentar forçar as duas empresas que exploram o serviço a acabarem com a dupla função exercida por motoristas dos chamados "micrões", ônibus que se assemelham com os convencionais.

Segundo o sindicato, o acordo coletivo permite que motoristas também exerçam a função de cobrador apenas nos micro-ônibus, que não mais existem na frota do transporte coletivo da cidade.

De acordo com Nelson Mendes de Borba, presidente do Sinttracovel, a paralisação é por tempo indeterminado. Logo nas primeiras horas da manhã integrantes do sindicato se posicionaram em frente à garagem e impediram os ônibus de deixarem o local. "Vai continuar [a paralisação] até as empresas nos darem uma resposta", diz Borba. No total, 31 ônibus foram impedidos de saírem da garagem.

Borba afirma que como os micrões são adaptados com elevadores para cadeirantes, muitas vezes os motoristas precisam parar de dirigir para acionar o sistema, serviço que poderia ser feito pelo cobrador. Para ele, isso traz insegurança para os usuários.

As empresas consideraram a paralisação como um "ato ilegal, irresponsável e inconsequente". Por e-mail, as duas empresas informaram que a greve parcial está sendo perpetrada às vésperas de uma negociação salarial com o objetivo de pressionar as empresas para tentar obter algum tipo de vantagem. Elas prometem descontar os dias parados dos trabalhadores e afirmam que buscarão na Justiça a devida reparação dos prejuízos causados pela paralisação.

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