O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) trabalha com a expectativa de recuperação do nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, consideradas a "caixa d'água" do sistema elétrico, ao longo de abril, mas o sinal de alerta amarelo deverá seguir ligado, ainda alimentando o temor do mercado sobre um possível racionamento de energia este ano. As usinas devem registrar ao final do mês que vem um nível de armazenamento de 40,7%, pouco acima do nível atual de 36,02%.
A melhora nas chuvas é a principal explicação para a recuperação do nível dos reservatórios. Para abril, a previsão é que as afluências fiquem em 83% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste. Para efeito de comparação, a afluência em março foi de 64% nessas regiões. As chuvas no Sul e no Norte continuarão em níveis elevados, em torno de 120% e 98% da média histórica, respectivamente, no próximo mês.
O nível dos reservatórios ao final de abril é um dado importante porque o período de chuvas no Brasil se encerra no mês que vem. As projeções devem alimentar o temor do mercado sobre um possível racionamento de energia em 2014.
Isso porque o nível de 40,7% é inferior ao patamar de 43% que o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse ser necessário para garantir o fornecimento sem riscos até 2015. O tema foi amplamente discutido por analistas de mercado em relatórios no começo desta semana.
Surpresa
Mas há quem tenha uma visão menos pessimista da situação. Embora admita que a situação atual requeira cuidados, o diretor-presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Junior, afirmou que o período seco, que se estende de maio a outubro, pode surpreender.
Ao analisar os últimos 10 anos, o executivo observou que as afluências em todo o País ficaram, na média, em 105% da média histórica durante o período. Ou seja, a época de estiagem tem sido regularmente mais chuvosa do que os dados históricos sugerem.
Se esse comportamento se repetir no período seco deste ano, as simulações feitas pela companhia mostram que o nível de armazenamento de todo o sistema iniciará novembro em 40,5%, minimizando os riscos de um eventual racionamento.
Para alcançar esse nível, os cálculos da CPFL consideram o despacho térmico a pleno vapor - para a primeira semana de abril a geração das térmicas deve somar 16,9 mil MW médios, excluindo da usina Angra 1, parada a partir de hoje para reabastecimento do combustível nuclear. Além da melhora da hidrologia, Ferreira disse que o sistema apresenta também melhores condições de afluência. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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