A Polícia Federal de Foz do Iguaçu cumpre, nesta quarta-feira (21), mais de 20 mandados judiciais para tentar esclarecer um esquema de importação de baterias usadas do Paraguai por empresas que atuam no ramo do comércio de baterias automotivas. O caso está sendo investigado como corrupção ativa, contrabando, associação criminosa e também poluição ambiental, uma vez que a prática vinha deteriorando o meio ambiente da região, segundo constataram as investigações.
O uso de baterias vencidas é proibido por lei por causa da toxicidade das substâncias que compõem interna e externamente as carcaças destes equipamentos. Além disso, sem autorização, algumas dessas empresas armazenavam tais sucatas em local impróprio e de forma incorreta.
Segundo informações da PF, exame pericial permitiu concluir que, em alguns casos, houve vazamentos de ácido-sulfúrico e de chumbo destas baterias. Tais substâncias, consideradas cancerígenas, penetraram o solo - podendo levar à contaminação do lençol freático, dos rios e, consequentemente, da água consumida pela população que reside nas vizinhanças destes locais.
Insatisfeitos com a intensificação da fiscalização, alguns dos empresários investigados teriam, segundo a PF, tentado, sem sucesso, subornar guardas municipais, oferecendo-lhes dinheiro em troca da omissão no serviço. Até às 9 horas, mais de 10 mil baterias haviam sido apreendidas.
Foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Foz do Iguaçu 20 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de condução coercitiva, além de mandados de intimação para prestar esclarecimentos. As penas máximas previstas variam de 3 a 12 anos de reclusão (prisão) para cada um dos crimes mencionados.
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