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Guaíra – Dentro da operação Parabellum, a Polícia Federal (PF) cumpriu ontem mandados de prisão e busca nas cidades paranaenses de Londrina, Guaíra e Umuarama – nas duas últimas cidades, três pessoas foram presas – para desmantelar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas e armas. Ao todo, a PF cumpriu dez dos 17 mandados expedidos pela Justiça ontem na operação. Além do Paraná, foram feitas prisões em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Hoje, a PF deve divulgar um balanço oficial da operação.

A investigação começou há cinco meses. Segundo o delegado da PF em Guaíra, no Noroeste do estado e que faz fronteira com o Paraguai, Luciano Flores Lima, outros 24 acusados foram presos ao longo das investigações e 850 quilos de drogas foram apreendidos, além de armas e munições de grosso calibre.

Lima explicou que a quadrilha trocava carros roubados no Brasil por armas e drogas em Salto del Guairá, do outro lado da fronteira. O armamento era levado de barco pelo Rio Paraná e de carro até Guaíra e, posteriormente, a Umuarama. Três barcos foram apreendidos. Uma chácara em Umuarama era usada por Gilberto Santos Manzini para armazenar e redistribuir o material para outras cidades do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Em dezembro a PF apreendeu 117 quilos de maconha na chácara. Manzini foi preso, mas fugiu da cadeia de Marechal Cândido Rondon no fim de ano e, segundo a PF, estaria escondido no Paraguai. A mulher dele, que não teve o nome revelado, foi presa na operação de ontem.

O mesmo local em Umuarama já havia servido em setembro para esconder um lança-foguetes e uma metralhadora com tripé do exército argentino. O que também possibilitou, na época, a prisão em flagrante de outras quatro pessoas que pretendiam, segundo o delegado da PF, levar o armamento para Márcio João de Oliveira Gomes, o Magaiver, preso em São Paulo. Magaiver fazia negociações de dentro da cadeia por telefone celulare, rádio Nextel e até computadores de mão com acesso à internet.

Em Umuarama, a PF cumpriu dois mandados de prisão e dois de busca e apreensão. O delegado destacou a prisão de um homem de 38 anos, que morava com os pais e seria um dos responsáveis pelo tráfico. "Para completar o trabalho só falta localizar o Gilberto Manzini, mas isso é questão de dias", comenta o delegado. Lima informa que Manzini viaja sempre a Umuarama e cidades próximas pra cometer roubos.

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