A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) prenderam 18 pessoas, sendo oito policiais civis, em uma operação contra o tráfico de drogas e venda de produtos ilegais no Sul Fluminense. Ao todo, foram expedidos 25 mandados de prisão.

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Parte dos crimes investigados na Operação Cocite era cometida em Barra Mansa e Volta Redonda, no Rio, Juiz de Fora, em Minas Gerais, Taubaté, Pindamonhangaba e São José dos Campos, em São Paulo. Os 25 envolvidos são acusados de associação para o tráfico, tráfico de entorpecentes, formação de quadrilha, usurpação de função pública, extorsão e estelionato.

Também serão cumpridos 60 mandados de busca e apreensão, 14 conduções coercitivas (pessoas que são obrigadas a prestar esclarecimentos na delegacia), além do sequestro, bloqueio e indisponibilidade dos bens e valores de parte dos denunciados.

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A investigação começou há dois anos para identificar policiais civis envolvidos em atividades ilegais. O MP-RJ apresentou duas denúncias uma contra os policiais e outra contra os traficantes. O núcleo que envolve comerciantes ainda é investigado pela PF e pelo Gaeco.

Dos nove policiais civis que tiveram a prisão decretada, oito já estão presos. Um policial militar também foi identificado, mas não teve a prisão decretada - ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Os policias atuavam na 93ª Delegacia de Policia (Volta Redonda) e foram lotados em delegacias da Região Metropolitana e Baixada Fluminense após investigação da Polícia Civil em 2009 pelos mesmos crimes.

"Eles diziam que eram os donos de Volta Redonda. Já atuavam há oito anos na região", disse o promotor do Gaeco Bruno Gaspar. Apesar de terem sido afastados da cidade, eles continuaram atuando na região.

As drogas eram trazidas de São Paulo e Minas para Volta Redonda e Barra Mansa, onde eram revendidas para traficantes da região. O material também era revendido para a cidade do Rio. Essa era uma das portas de entrada de drogas no Estado.

Já os produtos ilegais vinham de São Paulo para dois mercados populares em Volta Redonda. Ainda não há confirmação sobre quanto era movimentado pela quadrilha. Um dos comerciantes extorquidos no mercado popular era um ex-presidiário e contou que foi obrigado a pagar R$ 100 mil para não ser preso.

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"A capilaridade desse grupo é grande. Eles não se limitavam a atuar no Sul Fluminense e se estendiam por todo o Estado", afirmou o titular da delegacia de Polícia Federal em Volta Redonda, Elias Escobar.