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Vinte e nove veículos já foram apreendidos pelo Departamento de Transporte Rodoviário (Detro), órgão do governo do Rio de Janeiro, em dois dias da operação de combate ao transporte irregular em São Gonçalo, na Região Metropolitana. É uma resposta ao assassinato da juíza Patrícia Acioli, que atuava na cidade e foi executada no dia 12 com 21 tiros, na porta de casa, em Niterói.

A Divisão de Homicídios não descarta o envolvimento da máfia das vans no crime. Segundo a polícia, mais de 100 homicídios ocorreram no município durante a disputa pelo controle do transporte coletivo. Em 2007, a juíza condenou o dono de uma das maiores frotas de vans de São Gonçalo, o ex-vereador Edson da Silva Mota, conhecido como Mota da Copasa, que no ano anterior matara Claudio de Souza Moreira, seu concorrente no transporte ilegal de vans.

A Divisão de Homicídios negou que o chefe do tráfico no morro Menino de Deus, em São Gonçalo, seja um dos suspeitos pelo assassinato de Patrícia. Condenado por outro homicídio, Alex Sandro da Costa Silva, o Alex Orelhinha, estava foragido. Ele foi preso no dia 12, horas após a morte da juíza, em São Gonçalo. Dias antes, Orelhinha teria sido visto perto do condomínio onde ela morava. Colegas de turma da juíza, que se formou em Direito em 1987 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), promoveram ontem uma missa em homenagem a ela na igreja do Carmo, no centro da cidade.

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