A operação policial no Parolin, iniciada na manhã desta quarta-feira (28), foi presidida por 30 policiais da Delegacia de Homicídios (DH), responsáveis por cumprir seis mandados de buscas em casas do Morro do Sabão e da Cidade de Deus (CDD), nomes usados por moradores para designar o lado "de cima" e o "de baixo" do bairro Parolin. O objetivo, conforme o delegado chefe da DH, Rubens Recalcatti é marcar a presença policial após as brigas entre duas gangues da região, iniciadas na semana passada. Em 30 dias, segundo ele, houve quatro casos de homicídios e um de bala perdida, que vitimou uma menina de 9 anos.
Em pouco mais de uma hora e meia de operação, policiais civis investigaram seis casas. Dois homens foram encaminhados para a DH, a fim de prestar depoimentos. O delegado estima que, nos próximos dias, serão cumpridos diversos mandados de prisão. Os envolvidos estariam ligados ao tráfico, disputa por território e rivalidades entre gangues do local.
As brigas arrefeceram após a morte de Maycon de Almeida, o "Miroca", 22 anos, no dia 21 deste mês. O rapaz foi morto com 9 tiros em frente de casa, na Rua João Parolin, e seria um dos responsáveis pela gangue do Morro do Sabão. A DH investiga também a influência da rixa no caso da menina de 9 anos ferida por uma bala perdida na tarde de domingo (25). Na terça-feira (27), ocorreu um tiroteio em frente de uma residência no chamado Beco do Barcelona.
Recalcatti diz que operações similares estão ocorrendo semanalmente em locais críticos onde existem casos violentos, como o Bolsão Sabará, Uberaba e Vila Estrela, no Fazendinha, por exemplo, que ainda continuam sendo investigados. "A ideia é montar um organograma do local, utilizando as informações recebidas com o objetivo de elucidar os casos e persistir nessas operações".
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