Operação policial apreende 61 máquinas caça-níqueis

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Sessenta e uma máquinas caça-níqueis foram apreendidas, ontem, durante uma operação realizada pela Polícia Militar em estabelecimentos comerciais de Curitiba. Vinte e sete pessoas foram detidas. Desde janeiro deste ano, cerca de 2 mil caça-níqueis foram descobertos pelas polícias civil e militar na capital, região metropolitana e em algumas cidades do interior, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

Quarenta e cinco soldados da PM participaram da operação, que começou às 10 horas e foi até às 14h30. Noventa bares e lotéricas foram vistoriados pelos policiais, em 35 bairros da região do 12.º Batalhão da PM. Só no Centro, foram encontradas 40 máquinas. Alguns comerciantes ainda tentaram ocultar os caça-níqueis quando souberam da operação. Em uma lotérica, na Rua Voluntários da Pátria, os policiais encontraram uma máquina escondida dentro do banheiro junto com um funcionário. O homem foi detido.

Os caça-níqueis apreendidos e as pessoas detidas no Centro foram levados ao 1.º Distrito Policial (DP). As máquinas encontradas em outros pontos da cidade e o restante dos detidos foram levadas ao 3.º DP e ao 12.º DP.

Franquia

Para o tenente-coronel da PM, Jorge Costa Filho, que comandou a operação, muitos comerciantes insistem em manter as máquinas – apesar da atividade ser ilegal – por causa do "lucro fácil". "Eles não pagam impostos e fazem um tipo de ‘franquia’. Parte do dinheiro ganho com os caça-níqueis vai para os fornecedores", disse. De acordo com ele, muitas máquinas entram no país pelo Porto de Paranaguá e pela fronteira com o Paraguai.

Uma das delegacias de Curitiba que mais apreendeu caça-níqueis neste ano foi o 8.º DP. Desde janeiro, 171 máquinas foram encontradas. Segundo o delegado Hertel Rehbein, as peças vêm principalmente de São Paulo e as máquinas são montadas aqui. "Cada máquina vale, em média, R$ 1 mil", disse.

Rehbein, porém, não acredita que exista uma quadrilha especializada no comércio de caça-níqueis em Curitiba. Todas as máquinas apreendidas na capial, em 2005, estão em dois depósitos da Polícia Civil, cujo endereço não é revelado. A Sesp informou que o destino dos caça-níqueis depende, agora, da Justiça.