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Cinquenta e sete pessoas foram presas em uma megaoperação da Polícia Civil contra uma quadrilha especializada em abortos clandestinos no Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Outras cinco já estavam detidas. Um dos presos é o médico Aloísio Soares Guimarães, que, segundo a polícia, praticava abortos desde a década de 1960.

O médico Bruno Gomes da Silva, de 80 anos, o Dr. Aborto, também foi preso. Apesar de carregar uma extensa lista de acusações, Bruno nunca teve cassado seu registro. O acusado tem 22 anos e seis meses de prisão em cinco processos por aborto e outros crimes, como formação de quadrilha e homicídio culposo.

Responsável pelas investigações, um dos corregedores da Polícia Civil, delegado Glaudiston Galeano, disse que os médicos presos são "açougueiros". As investigações indicam a existência de sete núcleos da quadrilha, que chegava a extremos como abortos em menores de 13 anos e a interrupção de gestações de 7 meses, por R$ 7,5 mil.

Em nota, a Corregedoria Interna da Polícia Civil do Rio diz que oito policiais civis, dez médicos, um falso médico, quatro policiais militares, um bombeiro militar, três advogados e um militar do Exército Brasileiro estão entre os que tiveram a prisão decretada pela 4.ª Vara Criminal do Rio.

A investigação, de 15 meses, é a maior já realizada no país. Em coletiva, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, ressaltou que o aborto clandestino é um assunto que deve ser discutido pela sociedade e pelos legisladores.

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