Nove pessoas foram presas nesta quinta-feira (1°.) suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada em assaltar passageiros de ônibus de turismo. Por enquanto, três assaltos são atribuídos ao grupo, que foi alvo da operação ‘Fim de Linha’, chefiada por equipes da da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Com bilhete de passagem e tudo, os suspeitos armados entravam como passageiros em ônibus que tinham como destino Foz do Iguaçu, no Oeste. Violentos, eles deixavam as vítimas nuas, agrediam e ameaçavam, e depois trancavam-nas no bagageiros.
As investigações da DFR sobre a atuação do grupo teve início há três meses. O primeiro roubo atribuído aos suspeitos foi em março deste ano.
De acordo com o delegado Matheus Laiola, titular da DFR, a PRF forneceu informações sobre quem eram e como agiam os criminosos. “Já tinha algumas informações, então começamos a cruzá-las e coletar provas”, explicou.
Os suspeitos foram presos em Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo e Piraquara - seis com mandado de prisão temporária, por suspeita de integrarem a quadrilha, e três detidos em flagrante. Um dos membros do grupo - que já tinha um mandado de prisão em aberto por crime contra o patrimônio - está foragido. Além do reconhecimento fotográfico, os detidos foram reconhecidos também na delegacia pelas vítimas. “Nos depoimentos elas relataram que eles ofendiam e batiam muito”, contou o delegado.
“Os criminosos se passavam por passageiros, eram como se fossem agentes infiltrados nos ônibus, e, logo que chegavam na saída de Curitiba, davam voz de assalto, subtraíam todos os bens das vítimas e empreendiam fuga”, relatou Matheus.
O chefe do Núcleo de Operações Especiais da PRF, Anthony Nascimento, disse que são frequentes os roubos a ônibus de turismo no Paraná. “Já conseguimos identificar várias quadrilhas atuando no nosso trecho e a nossa intenção é fazer cada vez mais operações conjuntas com a Polícia Judiciária para não termos que ficar fazendo o enfrentamento direto, pois sabemos que o risco é aumentado, principalmente para os passageiros dos veículos”, comentou.
Anthony disse que a maior parte das vítimas da quadrilha presa nesta terça eram “sacoleiros” - abordados na viagem de ida. “Eles aproveitavam todo o dinheiro que normalmente os sacoleiros levam para fazer as compras, tanto no Paraguai, como em São Paulo”.
Com os suspeitos, foram apreendidos uma espingarda calibre 12 e uma pistola, um carro roubado, uma pequena quantidade de crack e de maconha, relógios e grande quantia em dinheiro. Os celulares dos suspeitos também estão com a polícia.
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