O traficante argentino Ibar Pérez Corradi foi preso pela Polícia Civil do Paraná na manhã deste domingo (19), em um apartamento no Centro de Foz do Iguaçu.
Procurado pela Interpol, caçado pelo Paraguai, Argentina e Estados Unidos e acusado de ser operador de drogas do traficante mexicano “El Chapo” Guzmán, o criminoso usava o local como esconderijo. Ele estava morando com a esposa e dois filhos.
A informação sobre a presença da mulher do criminoso em Foz foi dada pela Polícia Nacional do Paraguai, para onde Corradi foi extraditado ainda neste domingo.
Depois de vigiar o local durante dias, os policiais brasileiros chegaram à conclusão de que o traficante também estava escondido no apartamento, já que a esposa de Corradi saía do local levando apenas uma das crianças, deixando um filho pequeno em casa.
“Alguém teria que ficar cuidando do bebê”, conta o Delegado Chefe da 6.ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu, Alexandre Macorin.
Corradi foi preso por volta das 6 horas da manhã, sem oferecer resistência. Não foram encontrados armas nem documentos no local.
Segundo a polícia, o traficante se submeteu a uma cirurgia para remover suas impressões digitais. Não há informações sobre onde ele fez o procedimento. “Acreditamos que ele ia esperar cicatrizar, arrumar novos documentos e sair de Foz”, diz o delegado.
Procurado
Além de responder a crimes no Paraguai, Corradi é o fugitivo mais procurado da Argentina, onde é acusado de ser mandante de um homicídio triplo, de acordo com o o jornal “La Nacion”.
Segundo a publicação, Pérez Corradi, que tem 38 anos, trabalhou durante seis anos no Banco Nación antes de se tornar “financista” e empresário farmacêutico. Ele se tornou um dos principais fornecedores de efedrina no país. O composto químico é usado no preparo de drogas sintéticas.
Ele é acusado de ser um o autor intelectual do “crime triplo de General Rodríguez”, como ficou conhecido o sequestro seguido de homicídio de três empresários farmacêuticos na cidade da província de Buenos Aires.
Corradi também foi acusado de narcotráfico por contrabandear oxicodona, um analgésico à base de ópio, para os Estados Unidos. O país pediu a extradição para o governo argentino em 2009. O traficante chegou a ser preso em 2011, mas fugiu no ano seguinte e estava foragido desde então.
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