Com a ideia de aproximar necessidades e oportunidades em universidades, empresas, centros de promoção de empreendedorismo e incubadoras, a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior deu início a uma plataforma virtual que busca conectar diferentes ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação no Paraná através de um software.
Batizado de Parque Tecnológico Virtual do Paraná, o projeto está sendo lançado em eventos ao longo deste fim de março e início de abril. Ele será ancorado pelas sete universidades públicas estaduais paranaenses. Esses "polos de desenvolvimento", que usarão a estrutura das instituições de ensino e não demandam contratação adicional de pessoal, irá coordenar as ações nas suas regiões de influência. As ações do parque serão harmonizadas a partir do Instituto Tecnológico do Paraná, tornando a esfera pública o "amarrador" da formação de conhecimento e tecnologia. "Costuma-se dizer que o desenvolvimento se dá a partir de uma tripla hélice, formada pela academia, o setor produtivo e o apoio do governo", explica Alípio Leal, secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Na semana passada, o projeto foi apresentado em Jacarezinho, em um dos campus da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Em seguida, será a vez de Ponta Grossa (no dia 27) e Curitiba (2 de abril). A entrada da proposta em diversas regiões do Paraná aponta para o desenvolvimento de projetos em diversas áreas. Segundo o secretário, os investimentos estarão correlacionados aos arranjos produtivos locais. "Nas regiões em que a agropecuária e a agroindústria são fortes, a inovação se dá em um determinado perfil. Temos ainda regiões inclinadas à indústria metal-mecânica e desenvolvimento de energias renováveis. É uma forma de aproveitar a vocação da natureza de um modo que não havia sido pensado antes", diz.
Funcionamento
No software, que está em fase final de desenvolvimento, o participante informará vários dados sobre o projeto que está sendo desenvolvido, desde o perfil geral até os ativos disponíveis, presença de investidores, linhas de crédito disponibilizadas e qualquer recurso obtido ou desejado. O objetivo é que os participantes somem esforços e consigam suprir carências mútuas. O empurrão inicial vai ser dado com a ajuda das entidades de indústria, comércio e agricultura, que, por meio do Sistema S, podem identificar potenciais entre os associados. A secretaria acredita que começará a ter os primeiros resultados palpáveis a partir do segundo semestre deste ano.