Curitiba – O Secretário de Estado do Planejamento do Paraná, Reinhold Stephanes, questionou a divulgação do repasse de R$ 2,4 bilhões do Orçamento da União de 2005 para o estado feita pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na última semana. Segundo ele, ainda é possível que os recursos empenhados, R$ 353 milhões, não cheguem a ser aplicados. "Na prática grande parte dos restos a pagar acabam não sendo utilizados, o que altera o valor final", afirmou.

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Stephanes também se sentiu incomodado com a forma que o ministério tornou público o montante. "Eles dão a impressão de que o governo federal está realizando muito mais do que deveria quando, na verdade, não está fazendo mais do que a sua obrigação", disse. "Para mim é uma estratégia de marketing para melhorar a imagem do governo", continuou.

O destino das promessas empenhadas ao estado deve ser acompanhado de perto nos próximos meses na campanha eleitoral de 2006. Isso porque tanto Stephanes quanto Bernardo deverão ser candidatos a uma cadeira na Câmara Federal pelo Paraná.

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Na verdade, os dois não estão equivocados. Os recursos estão de fato empenhados e, portanto, destinados ao Paraná, como diz Bernardo, mas podem não sair do papel, seguindo o raciocínio de Stephanes, se houver alguma falha na liquidação do empenho.

De acordo com o Tribunal de Contas da União, é preciso esperar os acontecimentos para ver o andamento dos contratos de obras, compras de insumos e prestações de serviços.

Os ministérios e órgãos para os quais os recursos foram destinados podem cancelar o empenho se o credor não cumprir a meta pela qual foi contratado – o que, segundo os técnicos do TCU, pode ocorrer, por inúmeros motivos, mas é imprevisível.