Um projeto de São Paulo defende a destruição de monumentos históricas cujas figuras são consideradas racistas por eles ou então o envio desses objetos de arte para museus, com substituição por personagens negros e indígenas. A ideia é da Casa 1, que se define como uma organização financiada coletivamente pela sociedade civil, com estrutura orgânica e em constante ampliação.
Ação semelhante ocorreu no Reino Unido, onde manifestantes derrubaram uma estátua de um comerciante de escravos em Bristol em um protesto antirracismo no domingo (7).
"Motivados por esta cena, resolvemos listar alguns monumentos da cidade de São Paulo – dentre tantos outros pelo país – que deveriam ser retirados da paisagem por justamente reverenciarem personagens ou episódios da história escravocrata e genocida da cidade e do Brasil", diz o texto publicado no site da organização.
Entre as estátuas citadas como as que deveriam se retiradas das ruas de São Paulo, a Casa 1 cita as de Pedro Álvares Cabral, Borba Gato, Bartolomeu Bueno da Silva, o monumento em homenagem aos fundadores de São Paulo - “Glória Imortal aos Fundadores de São Paulo”, e ainda o “Monumento às Bandeiras”, criticado por fazer referência aos bandeirantes. Segundo a organização, todos fazem referência a pessoas ou situações que envolvem exploração de negros e índios.
Ao acessar o site da Casa 1, há a informação de que eles atuam em três áreas: centro cultural; uma república para LGBTs; e ainda atendimentos médicos pontuais para esse grupo.
A reportagem entrou em contato com a Casa 1, mas nao recebeu retorno até a publicação.
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