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Pescadores artesanais afirmam que a fiscalização deficiente é fator decisivo para o arrasto irregular. "Dificilmente aparece o barco da Ambiental. Esse pessoal faz o que quer", diz um pescador do balneário Gaivotas que prefere não ter o nome revelado.

O presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vítor Hugo Burko, contesta a afirmação e diz que o órgão faz operações constantes. Ele ressalta, porém, que a fiscalização não consegue coibir a ação predatória. "Nosso litoral é extenso e permite que os pescadores se afastem das áreas proibidas antes da chegada da fiscalização", afirma.

A fiscalização do IAP é em conjunto com a Polícia Ambiental. Segundo o capitão César Lestechen Medeiros, comandante da 1.ª Companhia da Força Verde, em Paranaguá, as operações são semanais. No último trimestre foram apreendidos cerca de 3 mil metros de redes.

O oceanógrafo Frederico Brandini, do Centro de Estudos do Mar (CEM), haver boa vontade dos policiais, mas falta estrutura. "Os únicos barcos que possibilitam a fiscalização são do IAP e nem sempre estão disponíveis."

Quinta-feira, a reportagem acompanhou operação da Polícia Ambiental e do IAP em alto mar e próximo às praias de Matinhos. No entanto, ao fazer a abordagem de dois barcos que faziam arrasto ilegal do camarão em Pontal do Sul, a lancha do IAP teve uma pane elétrica, com a embarcação tendo que voltar à Força Verde.

Os barcos abordados faziam arrasto do camarão a menos de 250 metros da praia e estavam sem documentação. As redes foram apreendidas e os pescadores autuados. Foram encontrados apenas sete camarões. O restante era estrelas marinhas, siris e robalos mortos.

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