Cuiabá e Brasília – O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou ontem em Cuiabá (MT) não haver "a menor dúvida de que a origem do dinheiro (da compra do dossiê contra tucanos) é criminosa". O juiz da 2.ª Vara Federal de Cuiabá, Jeferson Schneider, solicitou à Polícia Federal que até as eleições faça relatório, mesmo parcial, sobre a origem dos dólares e reais.

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Biscaia deu as declarações após sair da PF, onde conversou com o delegado Diógenes Curado, que cuida do caso, e de se reunir com o juiz Schneider.

"O levantamento já permite dizer que não há no período (fim de agosto até o dia 15 de setembro) saques lícitos", afirmou Biscaia. O deputado recebeu cópia do inquérito da PF e também dados sobre o sigilos telefônicos dos envolvidos na negociação do dossiê.

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Impossível

O superintendente da PF em Mato Grosso, Daniel Lorenz de Azevedo, afirmou acreditar que antes das eleições deve ser esclarecida a origem do dinheiro, mas que será "impossível" concluir as investigações.

Conforme Lorenz, a informação sobre a origem do dinheiro será repassada à Justiça Federal e ao Ministério Público Federal. "Não vou convocar uma coletiva com a imprensa para dar informação", afirmou.

Lorenz disse que a PF trabalha "no tempo da investigação, e não no tempo do calendário eleitoral". Ele foi cauteloso sobre a suposta origem criminosa do dinheiro. "Estamos trabalhando com esta hipótese. É uma boa tese. Vamos ver se se confirma ou não", afirmou o superintendente.

Embora a PF esteja, conforme o superintendente, "fazendo diligências que apontam em um sentido bem conclusivo" com expectativa de "novidades até sexta-feira", ela pedirá hoje prorrogação de 30 dias no prazo para conclusão do inquérito sobre o caso dossiê.

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