Os plantonistas dos setores de Ortopedia dos Hospitais Evangélico e Irmandade Santa Casa paralisaram na tarde de quinta-feira (26) suas atividades. Eles reivindicam pagamentos por plantão à distância, extra pelos casos de complexidade e extra pelos casos de urgência e emergência, além do pagamento de todos os procedimentos que efetuam.
Os hospitais alegam não ter condições de atender às reivindicações dos médicos, que vêm negociando com a Secretaria Municipal de Saúde um aumento do repasse de recursos do SUS as duas instituições. A decisão pela paralisação foi tomada após uma reunião dos profissionais com a secretaria, ontem de manhã.
O representante dos médicos plantonistas da Ortopedia da Santa Casa, Marcus Danieli, explicou que, no último encontro com a secretaria, há um mês, os médicos expuseram seus problemas. "[Na quinta], a secretaria pediu mais prazo e, por causa dessa postura intransigente, decidimos paralisar as atividades", completou.
O superintendente da Irmandade Santa Casa, Fahd Haddad, explicou que a tabela de remuneração do SUS está defasada em 100%, o que torna impossível remunerar adequadamente os médicos. "Tudo aumenta pela inflação, menos a remuneração da saúde. Os custos são muito altos e a receita é muito baixa", afirmou Haddad.
O superintendente disse que "há uma promessa do Município de ajudar nessa questão" e que o hospital está credenciado para receber um aporte de recursos do Ministério da Saúde, por meio de um convênio. "O problema é que esse processo era para ter sido concluído em 2005, mas até hoje não foi concluído".
A diretora executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Marlene Zucoli, afirmou que os "hospitais poderão ter um incentivo para melhorar o pagamento dos especialistas". Ela disse que o prazo máximo para o Ministério da Saúde assinar o convênio é dia 28 de maio.
Haddad afirma que é preciso "paciência" por parte dos profissionais e comprometimento do Município para resolver a questão. "Quem sai prejudicado é sempre a população, por isso temos que chegar em um consenso", completou.
A paralisação, segundo os médicos, será por tempo indeterminado. De acordo com Marcus Daniele, os doentes que precisarem dos plantonistas da ortopedia serão encaminhados para o Hospital Universitário (HU) ou para o Hospital Ortopédico. "Os casos poderiam ser encaminhados também para os hospitais da zona sul e zona norte, mas eles não têm plantonista. Isso acaba sobrecarregando os outros hospitais", completou o médico.
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