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Mauricio Ribeiro, Márcio Ono e Marcio Giovane: “forasteiros” | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Mauricio Ribeiro, Márcio Ono e Marcio Giovane: “forasteiros”| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Maringá completa hoje 65 anos. A história da Cidade Canção tem sido feita com sotaques distintos: paulistas, mineiros e nordestinos foram os primeiros a chegar ao povoado que viria a tornar-se a terceira maior cidade do estado. Mesmo após as grandes caravanas organizadas pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, entre 1947 e 1949, a entrada de "forasteiros" continuou, dando uma feição cosmopolita à Região Noroeste.

Esse caráter absorvedor da cidade pode ser visto no levantamento feito pelo Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo: 67% dos entrevistados nasceram em outros municípios. Mais da metade deles (55%) veio do interior do Paraná, enquanto 21% nasceram no interior de São Paulo. "Maringá é diferente de outros municípios paranaenses. É um local que recebe muitas pessoas do interior de São Paulo, que preferem morar em uma cidade maior, mas em outro estado, do que se mudar para a capital paulista", assinala o diretor do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo Lopes de Oliveira.

É o caso do professor universitário Márcio Assunção, 34 anos, que deixou Porto Primavera em 1998 para fazer faculdade. "Assim que pisei aqui e vi o verde, me apaixonei pela cidade, por essa mistura entre o moderno e o tradicional. Maringá não tem um grande porte, mas também não é uma pequena cidade do interior", diz ele.

Na casa de Assunção residem outros dois "forasteiros": o mineiro de Jacuí Mauricio Ribeiro, 32 anos, e o sul-matogrossense de Carapó Marcio Ono, 33. Eles também decidiram se mudar para Maringá para estudar. Um levantamento feito no ano passado pela consultoria Hoper Educacional, a pedido do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), revelou que a cidade conta com cerca de 40 mil estudantes no ensino superior, 50% deles de outras cidades.

Muitos desses universitários acabam por ficar no município. "Não é uma questão de comodismo, mas a gente cria raízes, constrói a carreira e faz amigos", conta Ono, que vive em Maringá desde 1998 e trabalha como assistente administrativo da Companhia Paranaense de Energia (Copel).

Para Mauricio Ribeiro, que morava em Jacuí (7 mil habitantes) e estudou em Ribeirão Preto (600 mil habitantes), Maringá era o meio-termo ideal: "Escolhi a cidade pelo nível da universidade e pela qualidade de vida", diz ele, que é gerente de empresas.

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