Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não tem nenhuma pretensão de se tornar a principal liderança da América do Sul nos próximos quatro anos. Ao lado do presidente do Peru, Alan García, Lula criticou os chefes de Estado que se "auto-indicam" lideranças políticas. "Ninguém se auto-indica liderança de coisa alguma. Os que tentaram se auto-indicar fracassaram", disse.
Segundo Lula, a América do Sul não precisa de um líder político, mas da "compreensão coletiva de que não existe saída individual" para o continente no atual mundo globalizado. "Precisamos juntar nossas experiências, tirar proveito das similaridades de cada país. É isso que vai permitir que não precisemos de um líder, mas de um coletivo que pense com o mesmo objetivo", afirmou. O presidente do Peru defendeu que o presidente brasileiro liderasse o continente no cenário político mundial. "Tome o senhor a liderança da integração americana", disse García em um recado direto a Lula.
Os dois países assinaram 12 acordos bilaterais que vão desde a cooperação para a implantação do programa Bolsa Família, no Peru, até a criação de um grupo de trabalho para discutir o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
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