A ossada de um taxista desaparecido havia cerca de dois meses foi encontrada por volta das 18 horas de segunda-feira (3), em um canavial próximo à rodovia PR-463, entre Colorado e Lobato, na região Noroeste do Paraná. Um casal foi preso.
De acordo com a Polícia Civil, Manoel Francisco Moreira, 70 anos, estava desaparecido desde 8 de outubro, após realizar uma corrida entre Centenário do Sul e Colorado.
De acordo com o delegado Roberto Fernandes de Lima, um casal de passageiros alegou não possuir dinheiro para pagar pelo serviço, o que gerou uma luta corporal seguida do assassinato do taxista.
O veículo do taxista, um Gol branco, com placas de Centenário do Sul, foi encontrado quebrado na margem da rodovia PR-463 no dia do desaparecimento. No carro, a polícia encontrou marcas de sangue, o boné e os óculos do taxista.
Após quase dois meses de investigação, o casal de passageiros foi encontrado e preso, por volta das 17 horas de segunda-feira (3), em Paranavaí, também na região Noroeste no Paraná. Eles confessaram o crime e informaram onde tinham abandonado o corpo.
De acordo com o delegado Lima, Marcelo Ferreira Guimarães, 30 anos, e Jéssica Ortiz da Silva, 20 anos, foram encontrados na casa da mãe de Guimarães, após uma operação da Polícia Civil de Centenário do Sul, Colorado e Maringá.
Investigações
Segundo o delegado, o casal alugou uma casa em Centenário do Sul no início de outubro e pagou adiantado dois meses de aluguel. No entanto, Guimarães e Jéssica abandonaram o imóvel exatamente no dia do desaparecimento do taxista, o que chamou a atenção da polícia.
Após revistar a casa que o casal tinha alugado, a polícia encontrou a nota fiscal de um celular comprado em Lobato por uma pessoa que teria relacionamento direto com o casal, segundo o delegado.
Durante as investigações, Guimarães se envolveu também em uma troca de tiros em Colorado, na região Noroeste, em 24 de outubro, o que, segundo Lima, ajudou a rastrear o casal.
O taxista era pai do comandante da Polícia Militar (PM) de Porecatu, a cerca de 120 quilômetros de Maringá. De acordo com o delegado responsável pelo caso, os criminosos afirmaram em depoimento desconhecer o parentesco da vítima.